sexta-feira, 6 de julho de 2007

Especial: Quarteto Fantastico e o Surfista Prateado

O grupo, conhecido como a “primeira família dos quadrinhos” por conta da interação única entre seus componentes, que agem, de fato como uma família e não como uma equipe, além de seus integrantes não possuírem identidades secretas. Saiba as origens e as diferenças entre as mais populares versões do Quarteto, além de suas principais histórias, na seção TRIDIMENSÃO.

Na seção O SURFISTA, você vai encontrar tudo sobre o sofrido andarilho cósmico, que ganha sua primeira versão cinematográfica nesta nova empreitada cinematográfica do Quarteto nos cinemas. O surgimento do Surfista Prateado, o primeiro contato dele com os quatro fantásticos heróis da Marvel, a trajetória do personagem e suas principais aventuras estão relatadas lá.

Conheça as adaptações para a TV que os personagens já tiveram (algumas bastante bizarras), além de conferir clipes de cada uma delas, na seção NA TELINHA. Já na seção CURIOSIDADES, conheça alguns fatos interessantes sobre o grupo, em suas várias encarnações. Conheça também os envolvidos na produção do filme e confira as aparições anteriores do Quarteto no cinema, incluindo o longa esquecido do grupo, feito no início da década de 90, em FILMES.

A Criação Por: Zé Maria

Os anos 50 não foram bons para a Marvel (então editora Timely Atlas). Depois do sucesso nos anos 40, com títulos como Capitão América, Namor, o Príncipe Submarino e Centelha, a decadência de todo o mercado de HQ americano afetou profundamente a editora. Durante a década de 50, a editora não cravou nenhum grande sucesso, tentando várias vertentes como a ficção-científica (Marvel Boy), HQ para moças (Venus e Millie, The Model), históricas (The Black Knight), espionagem (Yellow Claw) e até um revival de seu triunvirato principal (Capitão América, Tocha Humana e Namor). Nada resultou em grande sucesso ou vingou até os anos 60. Enquanto isso, em 1956, a DC Comics (então editora National Periodical Publications) lançava Showcase, revista que marcou o início da Era de Prata das HQ, vindo, em seguida, títulos e personagens de sucesso como: The Flash, Lanterna Verde e o fenômeno “Liga da Justiça”.

Até que em 1961, o então editor da Marvel Comics, Martin Goodman, jogava golfe com o empresário da rival DC Comics, Jack Liebowitz. Em uma das partidas, Liebowitz comemorava uma nova onda de sucesso dos quadrinhos, a dos grupos de superseres, como a recém-formada Liga da Justiça. Goodman, convencido das boas idéias do adversário, deu então a Stan Lee e Jack Kirby a incumbência de gerar uma revista nessa linha. Assim surgiu “O Quarteto Fantástico”.

Em 12 de Abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a alcançar o espaço. A notícia pegou de surpresa os Estados Unidos e acirrou os piores temores de seus habitantes. Era o auge da Guerra Fria. O duro golpe faz o então presidente John Kennedy jurar que os norte-americanos chegariam à Lua antes do fim da década, derrotando a União Soviética naquela que viria a ser a Corrida Espacial. - Você deve estar se perguntando: o que isso tem a ver com o Quarteto Fantástico? Bom, a nova cria da Marvel foi a resposta direta dos quadrinhos ao apelo do dirigente da nação. Eles personificavam a nova era espacial, na qual seus heróis estavam dispostos a arriscar tudo, até mesmo a própria vida, para estar a um passo adiante da ameaça vermelha.

Lee e Kirby optaram por desconsiderar todos os clichês das histórias de super-heróis existentes até então. Seus novos aventureiros não tinham identidades secretas, combatiam os bandidos com uniformes idênticos e sem máscaras. Na visão Lee e Kirby, o quarteto era muito mais humano do que qualquer outra equipe de heróis, sendo mais uma família do que uma equipe propriamente dita. A história mostrava um grupo de 4 astronautas que, após um acidente com a aeronave, adquire super-poderes. Essa tal humanização dos heróis e a fuga dos clichês padrões podem muito bem serem analisadas em cada personagem. Reed Richards era um cientista que preferia usar seu intelecto a seus punhos elásticos. O adolescente Johnny, o novo Tocha Humana, era um herói por si só – e mulherengo - e não um companheiro de aventuras, papel até então reservado aos jovens nas HQs. Sua irmã, Sue, podia se tornar invisível e projetar campos de força, mas representava a figura maternal do grupo. Já Ben Grimm, o rochoso Coisa, era dotado de enorme força, mas sua aparência aterradora ocultava a amargura de um ser desfigurado, afastando-o da imagem de super-herói.

“O Quarteto Fantástico” fez um enorme sucesso e tirou a Marvel da crise que ameaçava sua falência. Nunca precisou passar por mudanças radicais que não fossem temporárias, já que sempre teve a simpatia dos leitores com histórias bem-acabadas. Como se não bastasse terem sido criados pelos gênios Stan Lee e Jack Kirby, tiveram o privilégio de receber um tratamento todo especial de John Byrne, que genialmente roteirizou e desenhou as histórias do Quarteto durante um período considerado pelos fãs o melhor de toda a carreira da equipe. Foi exatamente nesse período que receberam como principal inimigo o tirano que veio a se tornar um dos mais grandiosos dos vilões Marvel: Doutor Destino, nêmesis de Reed Richards. Um ser que se esconde sob o capuz e a máscara de ferro e uma das únicas mentes capazes de rivalizar com a inteligência do Senhor Fantástico. Além do Doutor Destino, outros vilões também ficaram marcados, como o devorador de mundos, Galactus.

Confira alguns dos momentos marcantes do grupo nas HQ´s:

- História onde o Quarteto Fantástico se junta ao Surfista Prateado na tentativa de conter Galactus, o devorador de planetas, que via na Terra como sua próxima fonte de alimento.
- Época em que o Coisa deixa o Quarteto e em seu lugar, temporariamente, entra a incrível Mulher-Hulk.
- Grandes Heróis Marvel, número 25, onde o Quarteto vai ao futuro atrás do pai de Reed Richards
- Grandes Heróis Marvel, número 29, onde o Quarteto e os Vingadores lutam para salvar seus antigos inimigos.
- Saga na qual aparentemente Reed Richards é morto por Doutor Destino, causando enormes conseqüências ao Quarteto Fantástico.
- Nos anos 90, Reed e Sue, casados, passam a dividir as histórias com o poderoso filho, Franklin Richards, e recentemente tiveram uma filha, que precisou dos cuidados do Doutor Destino para continuar viva.

Filmes Por: Anderson e Juninho

O filme maldito de 1994

Você por acaso sabia que "O Quarteto Fantástico" já teve um filme com atores de carne e osso no ano de 1994? Se não, é entendível, já que o filme nunca chegou por aqui, sendo sequer lançado em vídeo.

Os direitos para fazer o filme teriam sido adquiridos, nos anos 80, por uma empresa alemã chamada “Neue Constantin”. A empresa, pelo contrato, teria os direitos durante quatro anos. Caso não fosse produzido nada com os personagens, ela deveria pagar mais US$ 5 milhões, renovando, assim, o contrato. Em uma tentativa de “poupar” essa quantia, a empresa resolveu produzir um filme. O filme teve um orçamento baixíssimo de US$: 1,5 milhão, rendendo um “lucro” de US$ 3,5 milhões. Terminada a produção, o filme teria sido barrado pela Marvel porque a mesma achou-o muito fraco, inclusive a interpretação dos atores. Essa atitude da Marvel teria sido para evitar uma possível e futura dificuldade na hora de vender os direitos para outra produtora.

O filme é uma produção de ninguém menos que Roger Corman, conhecido por fazer filmes em curtíssimos espaços de tempo e com orçamentos baixos. Geralmente, para conseguir esse feito (em relação ao dinheiro), ele reutiliza cenários de outros filmes já produzidos. Mesmo assim, acreditem: Corman ainda foi responsável por lançar talentos como Jack Nicholson e Robert DeNiro. Preocupar-se com detalhes ridículos nunca foi uma característica de Corman, o que pode ser muito bem conferido no uso dos efeitos especiais desta versão capenga de Quarteto Fantástico. A elasticidade do Senhor Fantástico não passa de um cabo de vassoura passando pelas mangas de uma camisa azul, o Coisa não passa de um boneco de espuma, o Tocha Humana é substituído por um desenho animado mal-feito sempre que utiliza seus poderes - aliás, sempre pela mesma cena, que repete à exaustão - e a Mulher Invisível, bem, ela está adequada, visto que ela simplesmente some da cena, em um efeito especial dos mais simples que mesmo programas humorísticos mexicanos da década de 70 já dominavam.

Para se ter uma idéia, em uma seqüência do Tocha Humana, as chamas são visivelmente "feitas em casa", com efeitos a partir de esboços no papel. Porém, se mesmo assim, você é fã do grupo e pretende conferir esta “obra-prima”, conseguir uma cópia do filme não será uma das missões mais fáceis.

O filme de 2005

Em 2005, finalmente o Quarteto Fantástico ganha uma versão para os cinemas com o status de uma superprodução e um orçamento milionário. A adaptação estava em desenvolvimento por mais de uma década, enquanto produtores como Bernd Eichinger da Constantin Films e Chris Columbus, da 1492 Productions, procuravam pelo roteiro certo. Por alguns anos, diversos roteiristas escreveram versões diferentes. As coisas começaram a se juntar com o roteiro de Michael France (“Hulk”). Após diversas outras versões, o roteirista Mark Frost (“Twin Peaks”), também fã dos quadrinhos do quarteto, deu sua colaboração para moldando o roteiro até chegar à versão final, de Simon KinBerg. Após duas mudanças de diretor (os diretores Chris Columbus e Peyton Reed chegaram a assumir o projeto em ocasiões diferentes), o diretor Tim Story juntou-se ao projeto e analisou versões que continuavam a se basear nos quadrinhos. É claro, era impossível ser fiel a todas as histórias em quadrinhos – elas já chegam às centenas –, mas Story entendeu que o filme teria que ser fiel aos seus personagens. Ele também queria humanizá-los, especialmente o Dr. Destino, que talvez estivesse menos desenvolvido do que os quatro heróis em versões anteriores.

Ao longo dos anos, à medida que o roteiro ganhava forma, os produtores acabavam se deparando com as mesmas perguntas: a tecnologia é avançada o bastante para fazer desses heróis e seus poderes algo realista e crível para três gerações de fãs cada vez mais exigentes? Se fosse dois anos antes, o filme seria impossível de ser realizado, mas hoje, com todo o avanço do uso de CGI, o diretor Tim Story e o produtor Avi Arad concordaram que esse era o momento certo para um filme sobre o Quarteto Fantástico, por razões que iam além do universo da tecnologia e dos efeitos especiais. Segundo Arad: “A ficção cientifica dos anos 60 de Stan Lee e Jack Kirby tornou-se a realidade cientifica do século 21. Eles eram verdadeiros imaginistas, criando histórias sobre a privatização das viagens espaciais e a pesquisa sobre o DNA muito tempo antes de qualquer uma dessas coisas tornar-se possível e parte da consciência de todos. Hoje em dia vemos e lemos notícias sobre isso o tempo todo”.

Mesmo antes da estréia nos cinemas, o filme já ganhava direito a duas seqüências. O elenco principal já afirmou que está de contrato assinado para três filmes (um já produzido) por um período de 12 anos. Sendo assim, os filmes podem demorar cerca de quatro anos (em média) até que o próximo seja lançado.

Confira o perfil do diretor e elenco principal da franquia:

Tim Story (Diretor): fez sua estréia em um filme de grande estúdio com a comédia de sucesso “Uma Turma do Barulho”, estrelada por Ice Cube, Cedric the Entertainer, Anthony Anderson e Eve. Esse filme recebeu uma indicação de Melhor Filme do prêmio Image Award. Dirigiu a comédia de ação “Táxi”, estrelada por Queen Latifah, Jimmy Falon e Gisele Bündchen, lançada pela Twentieth Century Fox. É também conhecido por ter dirigido dúzias de videoclipes para artistas como ‘N Sync, R. Kelly, Tyrese, Jon B e India.Arie.

Ioan Gruffudd (Reed Richards/Sr.Fantástico): começou a atuar na adolescência em sua cidade natal de Cardiff, no País de Gales. Foi a interpretação do papel-título da minissérie vencedora do Emmy, “Horatio Hornblower”, que lhe rendeu elogios internacionais do público e da crítica. Gruffudd foi visto nas telas recentemente como o lendário Lancelot ao lado de Keira Knightley e Clive Owen em “Rei Arthur”, produção da Disney. Seus créditos anteriores no cinema incluem “Titanic”, “102 Dálmatas”, “Solomon and Gaenor” (indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro) e a produção de Jerry Bruckheimer, “Falcão Negro em Perigo”.

Jessica Alba (Sue Storm/Mulher Invisível): mais conhecida anteriormente por protagonizar o seriado “Dark Angel”, produzido por James Cameron (“Titanic”), em que ela interpretava um protótipo humano geneticamente alterado que escapa de seus captores do governo para viver sua vida no submundo do século 21. No cinema, pode ser vista em filmes como “Honey”, “Nunca Fui Beijada”, “Dicionário de Cama”, a adaptação dos quadrinhos “Sin City”, dirigido por Robert Rodriguez e Frank Miller, e “Mergulho Radical”. Atualmente é uma atriz bastante requisitada no cenário cinematográfico.

Chris Evans (Johnny Storm/Tocha Humana): aos 17 anos de idade, assinou contrato com um agente em New York e logo depois fazia parte do elenco da série da FOX, “Opposite Sex”. Fez também participações em séries como “Boston Public” e “The Fugitive”. No cinema, atuou em filmes adolescentes como “Nota Máxima”, “Não é Mais um Besteirol Americano”, mas surgiu mesmo com destaque ao atua com Kim Basinger no thriller “Celular – Um Grito de Socorro”, na pele de um jovem que atende a uma ligação em seu celular de uma mulher dizendo ter sido seqüestrada. Recentemente foi visto na ficção “Sunshine – Alerta Solar”, dirigida por Danny Boyle.

Michael Chickles (Ben Grimm/Coisa): ator veterano no ramo de séries de TV, fez participações em séries como “Miami Vice”, “L.A. Law”, “Murphy Brown”, e “Seinfeld”. Ganhou o papel principal de “The Commish”, que ficou no ar pela BBC de 1991 até 1996. Fez seu retorno à televisão com o papel principal da série “The Shield”, um drama policial elogiado pela crítica, agora em sua terceira temporada. Sua notável atuação fez com que ele recebesse um Globo de Ouro de Melhor Ator em Série Dramática, um prêmio Emmy de Melhor Ator em Série Dramática, assim como o prêmio da Television Critics Association Award de Melhor Ator Dramático.

Julian McMahon (Dr. Victor Von Doom/Dr. Destino): estrela a série dramática original do canal FOX, ‘Nip/Tuck’, série que recebeu diversos elogios, sendo escolhida uma das 10 melhores séries do ano pela AFI e foi indicada ao Globo de Ouro, um prêmio GLAAD e um do Golden Satellite. McMahon foi indicado a Melhor Ator em Série Dramática ao Golden Satellite Award. Anteriormente, McMahon atuou em séries como “Profiler”, “Charmed” e “Home and Away”. Nos cinemas, estrelou a produção independente “Prisoner”, vivendo um diretor de cinema que é tomado como refém em uma prisão, além de ter atuado ao lado de Sandra Bullock recentemente em “Premonições”.





Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

Após a boa recepção do primeiro filme, pelo menos nas bilheterias, já que as críticas foram de medianas para baixo, a franquia ganha sua continuação, intitulada “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” (no original, Fantastic Four: Rise of The Silver Surfer). Todo o time dos fantásticos – elenco e equipe técnica - está de volta, prometendo fortíssimas doses de ação e aventura, agora com o reforço do de outro herói: o Surfista Prateado. Na trama, o Surfista vem à Terra para prepará-la para a destruição. Enquanto o caos se espalha pelo planeta, o Quarteto deve descobrir o mistério por trás do Surfista e enfrentar o surpreendente retorno do Dr. Destino (vivido por Julian McMahon) antes que toda a esperança seja perdida.

O Surfista é inteiramente feito em computação gráfica, e o mímico Doug Jones (“O Labirinto do Fauno”) foi escalado para servir na captura de movimentos, enquanto a voz será do experiente Laurence Fishburne. A atriz Jessica Alba definiu a essência do Surfista na trama: “O Surfista é um pouco bom e um pouco mau. Então, é apenas uma questão do que Sue Storm vai conseguir tirar daquele garoto – o bem ou o mal,” disse ela. Apesar de entregar esses detalhes, a atriz não quis antecipar muito que vem por aí no filme, deixando algumas dúvidas no ar: “Nós temos um pouco de ação com um vilão – talvez um novo vilão, talvez um antigo vilão, talvez um de nós se transforme em um vilão.”

Jessica não confirmou se o vilão Galactus, o devorador de mundos, iria aparecer, mas a confirmação veio do roteirista Don Payne, ainda que tenha afirmado que o modo como se dará aparição do vilão seja misteriosa. Ele diz que a relação entre o personagem e o Surfista Prateado não será explicada em detalhes. “Acredito que isso pode ser explorado mais profundamente em um possível filme solo do herói, o que eu espero acontecer”, declarou Payne acrescentando que Galactus não será prioridade no longa. Mais precisamente, Galactus é mostrado como uma nuvem tempestuosa. Essa teria sido a solução encontrada, já que nos quadrinhos ele não tem uma forma física definitiva, sendo descrito como uma entidade cósmica abstrata, percebida de várias maneiras. Os humanos o vêem como um humanóide que usa um grande capacete roxo. Já um ser de outro planeta o enxergaria como um ser semelhante à sua espécie.

Os fãs do quarteto podem aguardar outra boa novidade para essa seqüência: o ‘Fantasticarro’, veículo do grupo que tem as formas parecidas com a de uma arraia. O modelo não se move sozinho nos sets, contando com a ajuda de guindaste e lançadores. Mas no filme, o Fantasticarro tem a capacidade de flutuar, voar 500 milhas por hora e quebrar a barreira das máquinas voadoras. A atriz Jessica Alba se mostrou surpresa com o veículo: “Parecia uma manhã de Natal quando o vimos pela primeira vez. É como um brinquedo moderno”. O produtor Avi Arad explica sobre a importância do carro para a história: “Queríamos que ele ficasse futurista, mas plausível. Para os fãs, o carro pode ser tão importante quanto os personagens”.

Surfista Prateado - Por: Edílson (Convidado Especial)

Criação

O Surfista Prateado é o grande destaque desta continuação de "Quarteto Fantástico". O personagem, um dos mais cultuados das HQs em todos os tempos, foi criado em 1966 pelo roteirista Stan Lee e pelo artista Jack Kirby como uma adição não planejada a história do Quarteto Fantástico que apresentaria o predador de planetas Galactus. Kirby deu a idéia, pois achava que o todo-poderoso ser cósmico precisava de uma espécie de arauto. A prancha, grande destaque do personagem, foi adicionada porque o desenhista já estava cansado de espaçonaves. Inicialmente desconfiado da idéia do parceiro, Lee começou a dar uma caracterização e profundidade ao Surfista. Após a publicação da história, os escritórios da Marvel foram inundados de cartas positivas dos fãs, clamando por mais aparições do herói, que ganhou uma história solo em novembro de 67. na quinta edição de "Fantastic Four Annual", e um título próprio no ano seguinte. Vários escritores e desenhistas de renome deram sua contribuição ao Surfista, tais como John Buscema, Möebius e Jim Starlin.

Origens, poderes e histórias

O personagem tem uma história muito sofrida. Norrin Radd era um jovem astrônomo do idílico e avançado planeta Zenn-La. Sua civilização já havia perdido a ânsia de exploração, algo que deixava Radd desolado e inquieto, ansiando por algo mais, mesmo estando feliz ao lado de sua família e de sua amada, Shalla Bal. Um dia, um ser humanóide gigantesco chegou ao planeta. Seu nome era Galactus. Extremamente poderoso, ele se alimenta da energia física e biológica dos mundos e Zenn-La era seu próximo alvo. Desesperado, Norrin propôs um acordo: seu planeta seria poupado e ele iria em busca de novos planetas para que o gigante se alimentasse. Tocado pelo sacrifício do mortal, Galactus aceitou o acordo, concedendo a Radd uma porção de seu poder cósmico, transformando-o no Surfista Prateado, ganhando habilidades quase ilimitadas, podendo absorver e manipular as energias universais e sendo praticamente indestrutível. Ele consegue navegar pelo espaço, hiperespaço e por barreiras dimensionais, podendo voar a velocidades praticamente sem limites em sua prancha, entrando no hiperespaço ao ficar mais rápido que a luz. O Surfista se sustenta convertendo matéria em energia, não precisando de comida, bebida, oxigênio ou sono, sendo também imune a temperaturas extremas e a maioria das radiações. Além disso, o personagem pode analisar e manipular a matéria e energia, reestruturar ou reanimá-las e até transmutar elementos. Como se não bastasse, também pode curar seres vivos, mas não ressuscitar os mortos. Outras habilidades incluem a criação de ilusões, alteração o próprio tamanho, liberação de rajadas de energia, formação e manipulação de construtos energéticos, absorção da maioria das formas de energia e capacidade de atravessar matéria sólida. Ele também possui habilidade telepática limitada, podendo influenciar emoções e sensações. Já sua prancha é composta pelo mesmo material que sua pele e é mentalmente ligada a ele, se movendo conforme seu pensamento, mesmo quando não está em contato direto. Ela é capaz de absorver e aprisionar outros seres, ao menos temporariamente, além de ser praticamente indestrutível, mas pode ser reparada ou recriada pelo Surfista, caso seja necessário.

Por muito tempo ele serviu a Galactus, sem retornar ao seu lar ou a ver seus entes queridos. O Surfista guiava seu mestre a mundo inabidatos, poupando incontáveis vidas. Porém, quando estes começaram a rarear, Galactus invadiu a consciência de seu arauto e removeu tal inibição. Eventualmente, o Surfista chegou à Terra e, vendo que o mundo seria adequado para seu amo, o convocou. Enquanto isso, o Quarteto Fantástico era alertado pelo Vigia da vinda de Galactus e da presença de seu servo. Um confronto era inevitável. Assim, ele os enfrentou enquanto seu mestre se preparava para consumir o planeta. Porém, o Surfista encontrou a jovem escultora cega Alicia Masters, namorada do Coisa, que percebeu a nobreza interior do alienígena. A moça o mostrou a nobreza do espírito humano e ele acabou se rebelando contra Galactus, ajudando o Quarteto a impedir a destruição da Terra. Reed Richards conseguiu convencer o devorador a partir, ameaçando-o com um aparelho que o Tocha roubou da nave do gigante, o nulificador total. Entretanto, Galactus puniu seu ex-servo exilando-o no mundo que ajudara a salvar, se utilizando de uma barreira invisível que somente afetaria ao Surfista.

Ignorante em relação aos sentimentos humanos básicos, ele se viu preso a um planeta que não entendia. Sua jornada rumo ao entendimento da humanidade começa com seu contato com a gentil Alicia (para o ciúme do Coisa), que lhe ensinara o valor da compaixão. Porém, não tardou para o Surfista se deparar com o pior que a humanidade poderia oferecer. O Doutor Destino se viu obcecado por roubar os poderes do Surfista, o seqüestrando e submetendo o herói a humilhações e torturas. Com a ajuda do Quarteto, ele escapa e se vinga, destruindo o castelo de Destino e indo a forra com aqueles que o torturaram. Além de Von Doom, outro grande vilão que cruzou o caminho do platinado personagem fora o demônio Mefisto, que desejava a alma do herói, mas sempre tombando perante a nobreza de seu espírito. Durante seu exílio, ele reencontrara sua amada Shalla Bal várias vezes, sempre sendo usada como arma por seus inimigos. Além disso, ele se juntara a outros membros da galeria de personagens da Marvel, o Hulk, Namor e o Dr. Estranho e juntos formaram o grupo conhecido como Defensores. Durante uma aventura da equipe em conjunto com Os Vingadores, a barreira de Galactus é temporariamente quebrada, permitindo que o Surfista saia. Assim, ele se apressa para retornar a Zenn-La, mas encontra o planeta devastado por Galactus. Rapidamente ele descobre que após sua rebelião, o gigante cósmico não via mais motivos para poupar o lugar. Porém, em um gesto inédito, Galactus concedeu 24 horas para a população local abandonar o mundo, mas Mefisto se aproveitou da situação e seqüestrou Shalla Bal, levando-a para a Terra. Mesmo sabendo que se voltar ficará novamente preso ao nosso mundo, o Surfista retorna e salva a sua amada do demônio e a manda de volta para seu lar, mas antes lhe concede uma porção de seus poderes, que ela usaria para revitalizar o lugar.

Algum tempo depois, graças à ajuda do Quarteto Fantástico, o Surfista finalmente destrói a barreira de uma vez por todas e consegue o perdão de Galactus ao resgatar aquela que o servia atualmente, Nova, a ex-namorada do Tocha Humana, Frankie Raye. Ao retornar à Zenn-La, o herói descobre que Shalla Bal agora é a imperatriz do planeta e suas responsabilidades a impedem de reatar o romance. O herói encontra um novo amor na heroína Mantis. Com sua ajuda, ele desmantela uma trama que visava à morte de seu antigo mestre. Porém, Mantis morre durante o processo e, mesmo ressuscitando alguns anos depois, o casal nunca reatou o romance. Ainda de luto, o Surfista busca conforto em Nova e, com um tempo, um envolvimento amoroso entre os dois acaba ocorrendo. Ele começa a fazê-la se questionar sobre a moralidade em servir Galactus. Após ser substituída como arauto de Galactus pelo brutal Morg, ela perece em um conflito entre o herói e outros ex-arautos.

Em suas jornadas pelo espaço, o herói encontra vilões perigosos como o titã louco Thanos, eternamente apaixonado pela Morte e que se alia à Guarda Infinita de Adam Warlock, além de comparecer ocasionalmente às reuniões dos Defensores. Posteriormente, ele descobre que seu meio-irmão, Fennan Radd, se casou com Shalla Bal. Em uma de suas aventuras, ele descobre que Galactus alterou sua mente durante parte do período em que agiu como arauto do devorador. Algumas memórias de sua vida mortal foram reveladas como o fato de ter presenciado o suicido de sua mãe e que seu pai, um renomado cientista, também se matou após ter caído em desgraça.

Depois de derrotar o maligno Uni-Lorde e salvar uma parte distante do Universo, ele resolve retornar à Zenn-La, apenas para descobrir que o planeta sumiu. Ao investigar o que aconteceu, o Surfista acaba descobrindo a horrenda verdade: seu mundo natal havia sido destruído há muito tempo, quando ele ainda era arauto de Galactus, pela misteriosa entidade conhecida como o Outro. O planeta e seus habitantes, pouco depois de sua aniquilação, foram recriados pelo devorador de mundos em todos os detalhes, para dar a seu arauto um lar para que pudesse retornar após deixar o seu serviço. O trabalho fora tão perfeito que ninguém notou a diferença. Essa nova Zenn-La desapareceu em resultado da desaparição do gigante, que fora pego em uma detonação do Nulificador Total. O Surfista retornou a Terra e começou um romance com Alicia Masters, com quem partilhou algumas aventuras.

Na mais recente reunião dos Defensores originais, eles foram levados à loucura e formaram o grupo chamado a Ordem e conquistaram a Terra para melhor protegê-la. Um grupo de heróis liderados conseguiu fazer com que eles voltassem ao estado normal e impedisse a ressurreição de uma entidade maligna, responsável pela confusão toda.

Mais recentemente, o herói trabalhou junto com a raça alienígena Annunaki para proteger um grupo de crianças extraordinariamente dotadas. Uma dessas crianças, Ellie Waters, salva a Terra de um ser divino conhecido como Marduk, impedindo o fim do mundo e reordenando a realidade como se o ataque da entidade jamais tivesse ocorrido, com apenas a própria Ellie se lembrando do ocorrido. Antes de retomar suas jornadas intergalácticas, o Surfista jura retornar a seu mundo adotado todas as vezes que a Terra necessitar de sua ajuda.

Em breve, o personagem terá uma participação importantíssima na saga "Aniquilação", cujo prelúdio está sendo publicado pela Panini Comics atualmente.

Universo Ultimate

O personagem fez sua aparição na saga "Extinção Suprema", publicada recentemente pela Panini Comics, como parte da mini-séria "Pesadelo Supremo". O roteirista responsável pela história foi Warren Ellis. Existindo mais de um Surfista, eles são humanóides prateados enviados para diversas partes do mundo para induzir a população, através de cultos, ao suicídio em massa, minando as defesas do planeta contra a chegada de Gah Lak Tus, aqui uma entidade de mente coletiva, que se alimenta de mundos inteiros. Esses seres possuem a habilidade de ganhar asas, se transformarem em projéteis ovais, ou tomarem uma forma intermediária, surfando em pranchas que fazem parte de seus corpos, podendo ainda manipular grandes quantidades de energia.

Nas Telinhas - Por: Zé Maria e Edílson
A criação de Stan Lee e Jack Kirby (falecido em 1994) não figura só nos quadrinhos ou no cinema. Como toda boa franquia que faz sucesso em quadrinhos, o “Quarteto Fantástico” ganhou também várias versões para as telinhas. Confira aqui nessa seção pelo que passou o grupo no mundo televisivo.

Os primórdios na TV

O primeiro desenho animado foi para aproveitar o “bum” dos quadrinhos. Ele foi lançado em 1967 como “Os Quatro Fantásticos” e produzido por Hanna-Barbera. A série teve um total de vinte episódios com meia hora cada um. Sem dúvidas, essa primeira leva de episódios animados da franquia é a considerada por muitos a melhor. Essa foi a adaptação mais fiel aos quadrinhos, até porque teve um excelente escritor por trás de tudo, no caso Alex Toth (o mesmo de “Zorro”). Todos os “quatro fantásticos” eram escritos por Toth ao estilo da HQ lançada em 1961.

As vozes do primeiro desenho animado são de Gerald Mohr (como Reed Richards; ele já dublou Lanterna Verde na série animada do Aquaman), Jo Ann Pflug (Susan Richards), Jack Flounders (Johnny Storm) e Paul Frees (Ben Grimm).

Tocha Humana sai dos desenhos

Depois de dez anos, um novo desenho do Quarteto é feito. Nesse projeto, chamado realmente de “Quarteto Fantástico” aqui no Brasil, que data de 1978, um dos personagens mais populares do grupo, o Tocha Humana, foi excluído. Ele não fazia parte do Quarteto, pois, segundo fontes não-oficiais, o personagem estava envolvido em um projeto live-action. Dizem também que os executivos do canal CBS tinham medo de que um homem em chamas pudesse dar “más idéias” aos jovens telespectadores e, por isso, foi tirado. Ou melhor, o Tocha foi substituído pelo boçal robô chamado Herbie

Apesar de ter Stan Lee envolvido no projeto e Jack Kirby como desenhista de storyboards, essa segunda adaptação é patética e mal durou uma temporada. Nem o novo personagem (o Herbie) se salvou, sendo até hoje taxado como um ponto negativo na história do Quarteto tanto na telinha quanto nas HQ’s.

Os protagonistas eram dublados por Mike Road (Reed Richards); Ginny Tyler (foi ela quem fez a voz do fantasma Gasparzinho da série animada de 1963) como Sue Storm; Ted Cassidy (dublador de diversas séries animadas da Hanna-Barbera, como “Homem-Pássaro”, “Frankenstein Jr.” e “O Desafio dos Super Amigos”) como Ben Grimm; e Frank Welker (um dos maiores dubladores norte-americanos; a voz oficial do Fred no desenho animado “Scooby-Doo”, de pelo menos 12 robôs da série clássica de “Transformers” e comumente chamado para dublar sons de animais e sons estranhos) como Herbie.

O Coisa ganha um desenho

Muitas besteiras, pelo visto, foram feitas com a franquia. Mais uma besteira é quanto ao personagem Coisa. Em 1979, ele ganha uma série animada própria, mas que consegue ser pior do que “Quarteto Fantástico” de 1978. O desenho é uma bizarrice sem tamanho, mas é quase impossível esquecê-lo, pois ganhou certo destaque aqui no Brasil.

O primeiro erro do desenho é que, quando chegou aqui, foi chamado erroneamente de “A Coisa” (no original: “Fred & Barney Meet The Thing”). Na adaptação, produzida de 79 a 80, um adolescente raquítico juntava uns anéis e se transformava no personagem. Antes disso, ele sempre gritava “Anéis mágicos, entrem em ação!”. O pior, porém, não é isso. Esses detalhes são normais se comparados com a real trama da série. Sabe-se lá o motivo, mas relacionaram Os Flintstons com o Coisa e resolveram criar tal desenho e, por isso, o nome original é “Fred & Barney Meet The Thing” que, traduzindo para o português, fica: Fred e Barney apresentam o Coisa. As bizarrices continuam ainda sobre o assunto de juntar Flinstones com o Coisa. Apesar da mistura, ela ficou só na apresentação, pois, na verdade, se tratava de um quadro da emissora NBC. Eles não tinham nenhuma relação dentro da série.

As vozes desse desenho foram de Joe Baker (Coisa), Wayne Norton (Benjamin “Benja” Grimm) John Erwin (Ronald), Noelle North (Kelly) e Marilyn Schreffler (Betty e Senhora Twilly).

Marvel Action Hour devolve a honra do grupo

Depois de uma série inicial muito boa, nada mais de “Quarteto Fantástico” ganhava um destaque merecido por competência. Em 1994, o destaque voltava a acontecer com o “Marvel Action Hour” (alguns chamam de “Hora Marvel”).

A “Marvel Action Hour” foi quando “Quarteto Fantástico” dividiu uma hora completa de exibição com os desenhos de “Homem de Ferro”. Cada um tinha meia hora e foram bem produzidos no início e espetacularmente bem na sua segunda temporada. Além dos aspectos visuais mudarem um pouco, nela participaram heróis do universo Marvel, como Pantera Negra, Demolidor, Inumanos, Hulk, Thor e Motoqueiro Fantasma. Além deles, a série contou com modestas participações dos “X-Men” e dos “Vingadores”.

Essa série em 2D durou até 1996 e teve 26 episódios de, cada um, meia hora. Nessa mesma época (entre 1994-1997), o grupo fez visita a um outro desenho, no caso a série 2D mais famosa do Homem-Aranha, quando esta abordara as Guerras Secretas.

O Surfista Prateado nas telinhas

A primeira aparição do personagem nos desenhos animados foi em um episódio de “Os Quatro Fantásticos” (de Hanna-Barbera) de 1967. Depois, o personagem altruísta apareceu em 1994 no outro desenho do quarteto (esse do tópico anterior) com a voz original de Robin Sachs. Anos mais tarde é que ele foi ter uma série animada própria.

Em 1998, estreava “O Surfista Prateado” (“Silver Surfer Animated Series”) na FOX Kids. O desenho, que tinha Jack Kirby como roteirista (Stan Lee e Avi Arad estavam na produção executiva), contou a origem do personagem e algumas aventuras relacionadas a ele. A série diverge de vários aspectos relacionados aos quadrinhos onde o herói aparece, porém não tinha como deixar de fugir de tais aspectos, pois a trama era concentrada só nas memórias e emoções do Surfista Prateado, sem envolver o Quarteto.

Apesar de ser bem cuidadoso quanto ao personagem e ter feito relativo sucesso - não em quantidade, mas em qualidade -, o projeto foi cancelado ainda na primeira temporada e teve somente treze episódios – oito deles foram escritos para uma possível segunda temporada, mas nunca foram animados.

No primeiro episódio desse desenho, a origem do personagem é abordada.

O novo desenho do grupo

Aproveitando a nova franquia cinematográfica do Quarteto, a Marvel lançou um novo desenho do grupo, tendo como base o filme de 2005 e é co-produzido pela Marvel Studios e Moonscoop. Contando com 26 episódios, a animação, apesar de bem feita e movimentada, teve uma exibição errática por parte do Cartoon Network, tanto nos EUA quanto no Brasil. Mostrando vilões clássicos do Quarteto (além de uma aparição especial de ninguém menos que o Hulk), a animação terá o lançamento em DVD de alguns de seus episódios no próximo mês pela Fox e deve começar a ser exibida em TV aberta em breve pela Rede Globo.

Você sabia? - Por: Juninho

Assim como tudo no mundo de quadrinhos, do cinema ou da televisão, em “Quarteto Fantástico” há muitas curiosidades que só os fãs mais fervorosos conhecem. Personagens, história, quadrinhos, filmes e até o nome do grupo tem alguma curiosidade. Tentaremos abordar a maioria aqui nessa seção.

Apesar de conhecermos o grupo como “Quarteto Fantástico”, aqui no nosso país ele já foi chamado de “Os Quatro Fantásticos”

Não é só o nome do grupo que passou por modificações. Para se ter idéia, Johnny Storm, aqui no Brasil, era conhecido como Johnny Tempestade, em vez de Tocha Humana.

Ainda sobre o esquentado super-herói: como muitos devem saber, toda vez que ele vai voar ele dá um grito. Tal grito, abordado inclusive no primeiro filme, é “Em chamas!”. Porém, esse é usado só mais recentemente, pois antes ele gritava “Inflameeeei!” ou “Pegando fogo!”. Bem melhor o “Em chamas!”, convenhamos.

A idéia do grupo nasceu na obrigação de Stan Lee escrever algo que fizesse frente ao sucesso de Liga da Justiça (da DC Comics). Assim, junto com Jack Kirby, a dupla pensou os personagens e lançou-os em 1961.

Ao contrário do que o risório primeiro filme mostra, os quatro fantásticos assumiram, depois de bombardeados por raios cósmicos durante uma viagem espacial em um foguete experimental, poderes relativos aos elementos da natureza: água, ar, fogo e terra.

Essa teoria da curiosidade anterior foi bastante contestada. Os argumentos, porém, são válidos. Veja só: Reed Richards, o Senhor Fantástico, tem o corpo elástico e maleável como água; Susan Storm, a Mulher Invisível, manipula seu corpo e o ar gerando campos de força ou ficando invisível; quanto a Johnny Storm, seu codinome diz tudo: Tocha Humana; e Benjamin Grimm, o Coisa, virou uma rocha.

Em alguns anos dos anos 80 – depois de uma boa fama conquistada – a franquia perdeu força. Nessa época, uma personagem interessante fez parte do grupo. Trata-se da Mulher-Hulk.

Antes dessa crise de 80, o grupo esteve no topo quando o Surfista Prateado estava em evidência. Não é a toa que ele passou de um personagem secundário para herói de primeira grandeza durante os anos 70. O melancólico personagem teve até revista própria.

Reed Richards e sua esposa Sue Storm tiveram um filho bem mais poderoso que os dois. Na década de 90, ele foi abordado nos quadrinhos. Franklin Richards, mais tarde, ganhou uma irmãzinha. O interessante é que ela teve alguns cuidados do Doutor Destino para conseguir viver, ganhando o nome de Valeria em homenagem ao grande amor do passado de Victor Von Doom.

Em 1994, o primeiro filme feito para “Quarteto Fantástico” foi banido. Isso mesmo! A palhaçada feita com o grupo foi enorme. Para se ter idéia, em uma seqüência do Tocha Humana, por exemplo, as chamas são visivelmente "feitas em casa", com efeitos de storyboard. Terrível!

Em uma das séries do grupo para a TV em forma de desenho, pateticamente o Tocha Humana foi substituído por um robô, chamado Herbie (que depois foi colocado nos quadrinhos). Para quem não sabe, tal robô tem o nome do fusca de “Se Meu Fusca Falasse”.

A curiosidade mais interessante ainda sobre essa questão da saída de Tocha Humana em um dos desenhos é relacionada ao motivo do produtor. De acordo com ele, ao ver aquele personagem tão legal em chamas, as crianças ateariam fogo ao seu corpo.

O assunto não para por aí. Essa versão de que o motivo era a possibilidade das crianças atearem fogo ao próprio corpo foi desmentido com o motivo de, nessa época, o Tocha estar participando de um projeto live-action de seu personagem. Vai saber a verdade!

O personagem Coisa já teve série-solo, um desenho feito pela Hanna-Barbera. Nos EUA, era exibido junto aos Flintstones em um show chamado “Fred and Barney meet The Thing”, embora não houvesse ligação entre os dois desenhos. Nessa versão bem mais infantilizada, o alaranjado Coisa podia retornar à forma humana quando quisesse, se tornando o rochoso herói ao unir dois anéis e falar a frase “Anéis mágicos, entrem em ação!”. Aqui no Brasil, a animação foi chamada de “A Coisa” e o personagem-título era dublado por Orlando Drummont, também conhecido como a voz do Scooby-Doo de o Alf, além do personagem Seu Peru do programa humorístico da Globo “Escolinha do Professor Raimundo”.

Pantera Negra, Demolidor, Inumanos, Hulk, Thor, Motoqueiro Fantasma, os X-Men e os Vingadores apareceram tanto em quadrinhos quanto nos desenhos animados de “Quarteto Fantástico”.

Além de receber visitas em seus quadrinhos e desenhos, o “Quarteto” também visitou “amigos da Marvel”. Homem-Aranha é o personagem de maior envolvimento do grupo.

Por falar nisso, o aracnídeo quase entrou para o grupo. A panelinha, porém, já estava feita e eles também não gostavam da idéia de se chamarem “Quinteto Fantástico”.

Durante um sumiço da equipe, um Quarteto Fantástico temporário foi criado. A nova equipe era formada pelo Homem-Aranha, Motoqueiro Fantasma, Hulk e Wolverine. O time atuou nas edições 347 à 349 do título Fantastic Four (publicadas entre dezembro de 1990 e fevereiro de 1991) e voltou a se reunir nas edições 374 e 375 da mesma revista (março e abril/93) e durante a saga “Os Doze” na revista solo de Wolverine, atuando num futuro alternativo.

O Quarteto tem umas versões zumbi, tão poderosa quanto a equipe do Universo Marvel tradicional. A versão monstruosa do time de heróis atacou suas contrapartes do Universo Ultimate nas edições 21 à 23 de “Ultimate Fantastic Four” (setembro à novembro/05), publicada aqui na revista Marvel Millennium Homem-Aranha em suas edições de número 57 à 59.

No cinema

Ao mesmo tempo em que recebeu uma indicação para o MTV Movie Awards na categoria de Melhor Herói por “Quarteto Fantástico”, a atriz Jessica Alba também foi indicada ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz. Não ganhou nem um, nem outro.

O time de atores que interpretaram os personagens (Jessica Alba, Ioan Gruffudd, Chris Evans e Michael Chiklis) foi indicado ao prêmio de Melhor Equipe no MTV Movie Awards. Perderam.

Chris Columbus, Peyton Reed, Raja Gosnell, Peter Segal e Roger Donaldson foram cogitados, cada um em um tempo, para dirigirem o primeiro filme.

Ao contrário dos diretores da curiosidade anterior, Steven Soderbergh e Sean Astin (o Sam de “O Senhor dos Anéis”) se ofereceram para dirigir “Quarteto Fantástico”. Astin, inclusive, é declarado fã dos quadrinhos.

George Clooney e Brendan Fraser passaram perto de interpretar o personagem Reed Richards.

Para Sue Storm a lista é bem maior: Elisha Cuthbert, Charlize Theron, Rachel McAdams, Jessica Simpson, Elizabeth Banks, KaDee Strickland, Julia Stiles, Christina Milian, Keri Russell e Kate Bosworth foram as cotadas.

Paul Walker por pouco não fechou para ser Johnny Storm. Enquanto que Tim Robbins e Jude Law foram apenas cotados para interpretar o personagem Victor Von Doom. Além deles, Cliff Curtis, Michael Clarke Duncan e John C. Reilly também foram cotados, mas para interpretar Ben Grimm.

Jennifer Garner (do seriado “Alias”) foi quem sugeriu aos produtores que o personagem Ben Grimm fosse oferecido ao ator Michael Chiklis.

São necessárias 3 horas para que o figurino e a maquiagem do personagem Coisa fiquem concluídas.

Michael Chiklis passou por um trabalho inusitado de preparação para o personagem: ele lia histórias para seus filhos usando os dentes protéticos que acompanhavam o figurino do personagem Coisa.

A animação da Pixar, “Os Incríveis” (2004), é visivelmente inspirada no “Quarteto Fantástico”. Tanto poderes, quanto as roupas são referencias diretas à franquia.

Quanto à curiosidade anterior, para se ter idéia do nível de semelhança, depois de quase pronto, o filme teve que passar por um processo de refilmagem. Foram incluídas novas cenas do personagem no seu terceiro ato. Além disso, o final foi alterado, já que até então estava bastante parecido com o exibido no longa-metragem de animação.

Apesar de já ter feito várias participações especiais em outros filmes de super-heróis da Marvel, em Quarteto Fantástico pela primeira vez Stan Lee interpreta um personagem dos próprios quadrinhos. Trata-se de Willy Lumpkin, velho carteiro que trabalha para o grupo.

O segundo filme da franquia cinematográfica do grupo (“Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado”) antes mesmo de ser lançado recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards. A categoria é a de Melhor Filme de Verão que Você Ainda Não Viu (!).

Créditos:
Zé Maria: planetweb168@hotmail.com
Juninho: juninhoegipciense@hotmail.com
Anderson: andersonfariassje@yahoo.com
Edilson: velhorabugento@gmail.com

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