sexta-feira, 6 de julho de 2007

Especial: Piratas do Caribe - A Trilorgia do Cinema

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra - Por: Zé Maria

Tudo começa no século XVII, quando a jovem Elizabeth, em uma viagem num barco, acaba vendo um navio pegando fogo e encontra flutuando em cima de uma tábua um garoto desacordado. A tripulação o recolhe, e Elizabeth descobre que, consigo, o garoto trazia um medalhão de pirata. Com medo de descobrirem que o garoto era um pirata, ela guarda o medalhão para que o jovem rapaz não seja prejudicado. Elizabeth, depois de descobrir que o garoto é o jovem Will Turner, olha para o horizonte e, enquanto vê o que restou do barco em chamas, avista um navio com velas negras se afastando em meio ao nevoeiro.

Oito anos depois, numa bela manhã na cidade de Port Royal, Elizabeth, agora se tornara uma bela mulher, é acordada pelo seu pai, Governador Swann, que vem presenteá-la com um novo vestido para que ela vá à cerimônia de promoção do capitão Norrington, sendo que agora passaria a ser Comodoro Norrington. Enquanto isso, no salão da casa, Will Turner, agora um ferreiro, espera o governador para entregar-lhe a espada que seria usada na cerimônia de Norrington.



Enquanto a cerimônia começa a ser realizada, um estranho senhor, um pirata, chega ao cais de Port Royal e vem com o intuito de se apoderar de um novo navio. No cais, ele se depara com dois membros da marinha do qual começa a discutir sobre a existência do navio Pérola Negra, conhecido por ter velas negras, uma tripulação amaldiçoada e um comandante tão mau que o próprio inferno o expulsou de lá. Enquanto os dois membros da marinha discutem com ele, Elizabeth conversava a sós com Norrington, que a pede em casamento. No entanto, a moça acaba ficando sem ar por causa do vestido que usava e cai de uma grande altura no mar. O pirata, vendo que nenhum dos dois membros da marinha iriam salvar a jovem donzela, se atira no mar para poder resgatá-la. Enquanto Elizabeth afunda, o medalhão pirata que está em seu pescoço acaba causando uma onda. Resgatada pelo pirata, enquanto Norrington cuida de Elizabeth, descobre que o tal pirata na verdade é o capitão Jack Sprarrow, e o condena à forca. Jack consegue fugir, mas é novamente capturado quando tenta escapar de Will.

Naquela mesma noite, Port Royal estava totalmente silenciosa, até o silêncio ser quebrado pelos tiros de canhões do navio Pérola Negra, que chega ao povoado e o ataca. Depois de os piratas destruírem boa parte do povoado, acabam encontrando Elizabeth na casa do governador, que é capturada por estar portando o medalhão que os piratas procuravam.

Elizabeth acaba invocando aos piratas o direito de parola, que na lei dos piratas dizia que o capturado só poderia ser tocado depois de falar com o capitão Barbossa. Então ela é levada ao Pérola Negra e lá descobre que o tal medalhão tem uma grande importância para os piratas. Ela consegue fazer uma troca do medalhão caso eles cessassem fogo e partissem. Na hora de se apresentar ao capitão Barbossa, Elizabeth acabando revelando o sobrenome de Will e é levada junto com os piratas.

Na manhã do dia seguinte, Will descobre que Elizabeth foi levada pelos piratas e num ato desesperado acaba indo atrás de Norrington, exigindo que faça um acordo com Sprarrow para que ele os leve até Elizabeth, mas Norrington não é receptivo. Então Will vai à procura de Jack na cadeia e pede sua ajuda para achar o Pérola Negra. De início, Jack recusa ajudá-lo, mas após descobrir o nome do pai de Will, Bill Turner, ele topa ajudar o jovem garoto. Então Jack e Will conseguem enganar Norrington e os membros da Marinha Real e confiscam o Interceptor, um dos navios mais rápidos do Caribe, seguindo a Tortuga em busca de marinheiros tão loucos quanto Jack para formarem uma tripulação.

Na noite, Elizabeth é convidada para jantar com o capitão Barbossa. Durante o banquete, ela tenta matá-lo, mas acaba descobrindo que Barbossa é imortal, já que ele, como toda a tripulação, é amaldiçoado.

Elizabeth descobre que o tal medalhão de pirata que tinha guardado por oito anos, na verdade, era ouro asteca, uma das 882 peças idênticas que foram entregues numa arca de pedra ao próprio Cortez, dinheiro sangrento pago para acabar com o massacre feito por seus exércitos. Mas a ganância de Cortez era insaciável, então os Deuses pagãos lançaram sobre o ouro uma maldição terrível. O mortal que retirasse uma única peça daquela arca de pedra seria castigado por toda a eternidade. Barbossa não acreditou nessa lenda e pegou, gastando tudo em comida, bebida e prazeres. Quanto mais se gastava, mais se percebia que a bebida já não satisfazia, a comida parecia serragem na boca e todo o prazer do mundo não mais saciava a luxúria, sendo agora homens amaldiçoados. Então ela acaba descobrindo que Barbossa e os outros piratas pensando que ela era uma Turner, não poderiam matá-la, já que eles precisariam reconstituir o sangue, no caso o seu, além de também juntar todas as peças do outro asteca, para que assim quebrar a maldição. Os piratas não estavam vivos, mas também não estavam completamente mortos, tanto que apenas a luz do luar mostra o que verdadeiramente são.

Jack e Will montam uma tripulação e embarcam atrás do Pérola Negra e de Barbossa. Na viagem, Will começa a conhecer um pouco mais sobre Jack. Ele acaba descobrindo que pouco se sabe sobre ele, antes de Jack aparecer com a idéia de ir atrás de um tesouro na Isla de Muerta, sendo que isso foi antes de ele ser o capitão do Pérola Negra. Três dias velejando com Barbossa, cumprindo a uma promessa na qual tudo seria divido em partes iguais, inclusive a localização do tesouro. Então Jack revelou a posição. Naquela noite, houve um motim e eles abandonaram Jack numa ilha para que morresse, mas não antes que ele enlouquecesse de calor. Quando um pirata é abandonado ele recebe uma pistola com uma única bala, sendo que isso não serve muito para caçar ou ser resgatado. Depois de três longos dias de fome e sede, aquela pistola começa a parecer muito atraente, mas Jack escapa da ilha e ainda tem aquela única bala para poder usar em um único homem: seu imediato rebelado, o Capitão Barbosa.

Diz a lenda que Jack conseguiu sair da ilha depois de ficar bem no raso do mar para que os animais marinhos se acostumassem com sua presença e esperou três dias e três noites para isso. No quarto dia, ele amarrou duas tartarugas marinhas com seus cabelos para fazer uma jangada.

Jack e Will desembarcam e seguem na direção onde acontece o ritual. Os piratas amaldiçoados começam o ritual com Elizabeth e tudo que foi pilhado durante todos os dez anos estava lá para poder acabar com a maldição. O que eles não sabiam é que seria tudo em vão, já que acabam descobrindo que o sangue de Elizabeth não serve. Então, enquanto Barbossa discute com sua tripulação, Elizabeth consegue fugir com Will levando o medalhão, sendo que ambos acabam deixando Jack para trás nas mãos de Barbosa.

Will conversando com Elizabeth descobre que ela estava com o seu medalhão que pensava ter perdido e que o seu sangue é o que Barbossa precisa, o sangue de um pirata. Enquanto ambos conversavam, Jack tenta convencer Barbosa a uma negociação, dando o nome da pessoa com o sangue que precisa em troca do Pérola Negra, mas Barbossa não aceita e segue perseguindo o Interceptor onde está Will, Elizabeth e a peça do ouro asteca. Depois de uma incrível batalha, Barbossa sai vitorioso e descobre que Will é a pessoa que ele precisa para acabar com a maldição. Para salvar Elizabeth, Will se entrega. Barbossa joga Jack e Elizabeth na mesma ilha na qual Jack foi deixado da primeira vez. Lá, Elizabeth descobre que a aventura miraculosa de Jack não passou de uma simples história, já que, da última vez, ele ficou na ilha por três dias inteiros, sendo que conseguiu barganhar uma passagem com os contrabandistas de bebidas que usavam aquela ilha como esconderijo, mas eles atualmente abandonaram o negocio por causa do Comodoro.

Elizabeth aproveita que Jack está bêbado por causa de todo rum que tomou e bota fogo em todas as bebidas para poder fazer um grande sinal e assim conseguir ser encontrada pela Marinha Real. Ela consegue convencer Norrington a ir atrás dos piratas e salvar Will, como seu presente de casamento.

Enquanto era levado novamente para a caverna, Will descobre informações de seu pai, que entre os piratas era chamado de Bootstrap Bill (Willian Turner) e que acabou sendo morto por Barbossa, por discordar com o que os piratas fizeram com Jack, o motim e tudo mais. Ele disse que violavam o código e foi por isso que ele enviou a peça do tesouro para Will, já que ele disse que os piratas mereciam ser amaldiçoados. Isso não agradou Barbossa que o amarrou numa bola de canhão, sendo que foi visto pela última vez mergulhando na escuridão do profundo mar. Isso foi só depois que os piratas amaldiçoados precisassem do sangue dele para quebrar a maldição.

Jack convence a Marinha Real e Comodoro a atacarem os piratas de surpresa, mas na verdade ele entra na caverna para alertar Barbossa e tentar mais uma vez uma parceria. Barbossa aceita, e os piratas vão atrás do Intrépto, orgulho da Marinha Real, e atacam os membros da marinha, que não sabem que os piratas não podem ser mortos. Enquanto Barbossa se distrai, Jack rouba uma das peças da arca se tornando imortal novamente e começa uma batalha de espadas com Barbossa, um tipo de batalha eterna, já que ambos não podem morrer. Will consegue se soltar e ajudado por Elizabeth fica longe dos piratas que sobraram na caverna.

Jack consegue finalmente empurrar Barbosa e atira sua única bala nele, enquanto Will joga na arca a última moeda com seu sangue, quebrando a maldição. Ao perceberem que a maldição está quebrada, os piratas se rendem. Jack ao sair da caverna com Will e Elizabeth, acaba descobrindo que o Pérola Negra foi levado por sua tripulação, que acabou seguindo o código dos piratas, deixando Jack para trás.

Jack é condenado à forca, enquanto Will, ao retornar, recebe clemência. Na última hora, Will acaba salvando Jack e assumindo o seu amor por Elizabeth, que percebe que o lugar dela é entre eles. Jack consegue fugir enquanto é resgatado por seus companheiros que velejam o Pérola Negra. Norrington se conforma por ter perdido Elizabeth e acaba dando alguns dias de vantagem para Sparrow.

Sparrow finalmente volta a ser o dono do Pérola Negra e caminha atrás de novas aventuras. "Somos piratas perversos demais, bebei amigos Io-ho".

INFORMAÇÕES ESPECIAIS

- Vale lembrar que o macaco de Barbossa, Jack, ao término do filme, entra na caverna e rouba uma das moedas do ouro asteca e a maldição novamente cai sobre ele;

- Foi indicado nas categorias de Melhor Ator (Johnny Depp), Melhor Maquiagem, Melhor Som, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Mixagem de Som no Oscar 2004;

- Venceu na categoria de Melhor Figurino no prêmio Saturno 2004;

- Venceu na categoria de Melhor Maquiagem e foi indicado nas categorias de Melhor Figurino, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Ator (Johnny Depp) e Melhor Som no BAFTA 2004;

- Indicado na categoria de Melhor Ator de Cinema - Comédia / Musical (Johnny Depp) no Globo de Ouro 2004;

- Venceu na categoria de Melhor Atuação Masculina (Johnny Depp) e foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atuação em Comédia (Johnny Depp), Melhor Vilão (Geoffrey Rush), Melhor Atuação Feminina (Keira Knightley) e Melhor Dupla (Johnny Depp e Orlando Bloom) no MTV Movie Awards 2004;

- Venceu na categoria de Filme Preferido do Público no People's Choice Awards 2004;

- Foi baseado numa atração na Disneylândia;

Piratas do Caribe - O Baú da Morte - Por: Anderson

Após o grande sucesso de “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra” (2003), que custou US$ 140 milhões e arrecadou cerca de US$ 300 milhões, a Disney primou por transformar o filme em uma franquia, mais precisamente em uma trilogia. Foram planejados, então, os outros dois longas-metragens, que seriam gravados simultaneamente, assim como foi o caso do segundo e terceiro projetos da série “Matrix”. Dessa forma, surgiu “Piratas do Caribe: O Baú da Morte”, cujo principal atrativo era uma diversão descompromissada, mas que também trazia bons aspectos técnicos, como também um elenco conhecido.

A história, mais uma vez roteirizada por Ted Elliott e Terry Rossio (dupla por trás de roteiros como os de “Piratas do Caribe 1” e “Shrek”), tem novamente como protagonistas o trio Jack Sparrow (Johnny Depp), Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley). Acontecendo depois dos fatos vistos no primeiro filme, a trama acompanha, desde o princípio, os planos de casamento de Will e Elizabeth, que sempre se mostraram apaixonados. Todavia, todo o planejamento da cerimônia tem que se refeito, visto que os dois acabam sendo presos pelo Lorde Cutler Beckett, da Companhia das Índias Orientais, sob a acusação de prestarem ajuda à fuga do famoso pirata Jack Sparrow, capitão do navio Pérola Negra. Mostrando ser bastante ganancioso, Beckett almeja superar todos os outros navios para, finalmente, dominar os mares do Caribe. Por isso mesmo que ordena que Elizabeth seja trancafiada, enquanto Will é liberado sob uma condição: ir atrás de Jack e capturar a sua bússola – também vista no primeiro filme -, que indica perfeitamente a localização de um objeto de valor incalculável.



Elizabeth, insatisfeita, decide fugir da prisão, indo atrás de Will e Jack, os quais se juntaram, a essa altura da história, ao Comodoro Norrington (Jack Davenport), dessa vez sem a glória que possuía no primeiro projeto dos piratas. Todos partem em busca do objeto citado, que é o Baú da Morte – o qual, inclusive, dá subtítulo ao filme. Jack Sparrow, sempre metido em enrascadas, escondeu durante um tempo uma dívida de sangue que travara com Davy Jones (Bill Nighy), capitão de outro navio pirata bastante famoso e veloz, o Holandês Voador. Jones não é um humano normal, ele possui suas particularidades, como o seu rosto de polvo e, ao invés de um braço, uma garra de caranguejo. A tripulação do Holandês Voador, por sinal, assim como o Capitão Davy, também é amaldiçoada. Os homens desta embarcação, à medida que o tempo passa, vão começando a demonstrar características em sua aparência concernentes às de criaturas do mar. Além de ter poderes incontáveis, Jones é capaz de controlar o monstro marinho Kraken, o que o faz ser mais temido ainda. A única maneira, então, de Jack saldar a sua dívida é, conseqüentemente, achar o Baú da Morte, o qual permite que o capitão do Holandês Voador tenha o controle dos mares. Uma vez em posse do Baú, também encontrariam o coração de Davy Jones, que está no interior do objeto.

Ao contrário do que pode parecer, o grande diferencial de “Piratas do Caribe: O Baú da Morte” não gira em torno de seu roteiro e suas atuações impecáveis – embora alguns atores realmente tenham conseguido incorporar bem os seus respectivos personagens. O marcante deste filme é exatamente a manipulação bem feita dos efeitos especiais. Aqueles que possuem características marinhas, por exemplo, como a tripulação do malvado Davy Jones, demonstram de maneira correta o bom uso desses aspectos. O próprio Jones, incorporado por Bill Nighy, faz parte de um dos leques de características determinantes para o sucesso do longa. Através da técnica motion picture (a mesma utilizada no personagem Smeagol/Gollum, de “O Senhor dos Anéis”), o Capitão do Holandês Voador foi criado.



Aliás, nesta franquia dos piratas mais famosos do cinema é praticamente uma obrigação a existência de ótimos aspectos técnicos, tendo em vista a quantia de dinheiro empregada nos projetos. No segundo filme, a Disney desembolsou um valor que girou em torno de US$ 225 milhões. Não ficando para trás, a arrecadação também foi grandiosa. Apenas em seu final de semana de estréia, nos Estados Unidos, país de origem do longa, arrematou um valor superior a US$ 135 milhões. Ao todo, até dezembro de 2006, tinha arrecadado, somente nos EUA, mais de US$ 420 milhões. O sucesso em bilheterias é inegável. No mundo todo, “Piratas do Caribe 2” chegou a lucrar mais de um bilhão de dólares, quebrando vários recordes. Vale ressaltar que o segundo filme da franquia ainda figura a lista das bilheterias mais rentáveis do mundo, apenas perdendo para os famosos “Titanic” e trilogia “O Senhor dos Anéis”. Um feito enorme para a Disney, diga-se de passagem.

Outro fator marcante para o sucesso da série é o fato de o estúdio conseguir reunir sempre os mesmos atores. Seria difícil imaginar Jack Sparrow não sendo interpretado por Johnny Depp ou, então, Will Turner incorporado por outra pessoa que não fosse Orlando Bloom. Como se sabe, algumas mudanças, principalmente nas aparências de atores que habitam o cinema hollywoodiano, acontecem com constância. Como o primeiro filme foi exibido ainda em 2003 e o segundo apenas em 2006, alterações nos fenótipos de algumas celebridades eram de ser esperadas. Um exemplo disso é Keira Knightley. Antes de gravar “Piratas do Caribe: O Baú da Morte”, a atriz estava trabalhando em outro projeto, “Domino – A Caçadora de Recompensas”, no qual usou o cabelo bastante curto. Elizabeth Swann, por sua vez, seu papel na franquia dos piratas, sempre foi vista com um cabelo bem grande. Visando deixar a personagem do segundo longa-metragem com as mesmas características da do primeiro, Keira teve que usar apliques em seu couro cabeludo. Nada muito doloroso, é verdade, mas essencial para que o público sentisse uma identificação maior com os mesmos personagens.



O elenco deste segundo filme, por sinal, deveria ter sido implementado por outra celebridade famosa. Não é um ator, ao contrário do que pensem a priori, e sim um cantor. Keith Richards, guitarrista da famosa banda Rolling Stones, que fez sucesso durante muito tempo e continua fazendo. Ele deveria ser responsável por uma participação super especial no longa como o pai do Capitão Jack Sparrow, no entanto, como sua carreira principal é a de cantor, teve que dar destaque aos compromissos da turnê mundial de sua banda. Este fato, claro, não prejudicou em nada “Piratas do Caribe 2”, porém talvez tivesse ajudado a levar mais pessoas, principalmente fãs dos Rolling Stones, aos cinemas. No entanto, pode-se esperar a participação de Richards no terceiro longa da franquia.

Gore Verbinski é outro que impulsiona o sucesso da série. Sempre vinculado aos projetos dos piratas, o diretor consegue dotar a história dos aspectos irreverentes e divertidos tão necessários aos filmes da Disney. Nota-se que Verbinski não mede esforços para a realização de cenas marcantes. Também primando por elementos surpresas, o cineasta resolveu separar os roteiros dos protagonistas. Por exemplo, uma das cenas mais badaladas pela mídia foi a que contaria com o beijo entre os personagens Jack Sparrow e Elizabeth Swann. Para aumentar a veracidade da reação composta por Orlando Bloom, que interpreta Will Turner, par romântico de Swann no filme, o roteiro entregue para o ator não conteve o teor da cena referida.

Todo o desempenho implementado neste projeto parece ter valido a pena, visto as premiações recebidas pelo filme. Foi indicado a 4 Oscar: Melhores Efeitos Visuais (John Knoll, Hal Hickel, Charles Gibson e Allen Hall), Melhor Direção de Arte (Rick Heinrichs e Cheryl A. Carasik), Melhor Edição de Som (Christopher Boyes e George Watters II), Melhor Mixagem de Som (Paul Massey, Christopher Boyes e Lee Orloff), tendo ganho na primeira categoria citada. Também concorreu a outros prêmios bastante famosos, como o Bafta, onde venceu novamente o de Melhores Efeitos Especiais. No Globo de Ouro, por sua vez, o único indicado foi Johnny Depp, que não ganhou a estatueta.

No entanto, nem tudo são flores na realização de projetos cinematográficos. Enquanto o segundo longa da franquia estava sendo gravado, o furacão Wilma atingiu algumas partes da locação, obrigando o elenco e a equipe técnica a voltarem para Los Angeles. Após esforços, surpresas e muito trabalho, surgiu este filme, intitulado “Piratas do Caribe: O Baú da Morte”, responsável por conquistar ainda mais o público assíduo das salas de cinema e aumentar a curiosidade dos espectadores, que esperam encontrar em “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo”, terceiro projeto da franquia, bastante diversão e competência.

Piratas do Caribe - No Fim do Mundo - Por: Juninho

O sucesso da franquia “Piratas do Caribe” finalmente se fecha “No Fim do Mundo”. Ou pelo menos é isso que está programado desde o início do projeto desenvolvido pela Disney. Após dois filmes que repercutiram mais do que o esperado, Jack Sparrow e seus companheiros conquistaram uma legião de fãs que estão fazendo do terceiro longa um dos mais esperados do ano. Tendo sido filmado juntamente com “O Baú da Morte”, “No Fim do Mundo” começa exatamente onde o filme anterior terminou. Após o atrapalhado capitão Jack Sparrow saldar sua dívida com Davy Jones e ter se livrado de uma maldição, o pirata ainda terá muitas aventuras pela frente.

Os produtores da franquia não quiseram perder tempo durante as gravações do terceiro filme. Além de ter sido filmado de uma vez com o segundo para economizar custos e aproveitar o pique, a data de lançamento do segundo para o terceiro durou pouco mais de um ano. Além de ser bom para os fãs, que não terão que esperar muito tempo, isto é considerado relevante, visto que o segundo filme só foi sair três anos após o sucesso do primeiro. A segurança de ter conseguido construir um nome forte no mundo cinematográfico fez com que Piratas do Caribe ganhasse um investimento de cerca de US$ 200 milhões para encher os olhos do público e não se decepcionar. Sempre marcante por seu visual e direção de arte impecável, o trailer de “No Fim do Mundo” antecipa que, além de muita aventura, um show de efeitos especiais deve transportar os espectadores a uma incrível jornada ao lado dos famosos personagens.

A história final deve mostrar o esforço de Elizabeth Swann, Will Turner e o Capitão Barbossa na tentativa de deter o Lorde Cuttler Beckett, da Companhia das Índias Orientais, dono do navio Holandês Voador, que está nas mãos do Almirante James Norrington. Eles planejam viajar os sete mundos para matar todos os piratas que encontrarem. Para isso, os mocinhos precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade, mas a missão não será nada fácil porque falta, adivinhem quem, Jack Sparrow! Eles partem para Cingapura para conseguir um mapa que conduzirá ao fim do mundo, onde Sparrow poderá ser resgatado. Como nada é fácil no mundo dos piratas, muito sangue será derramado na conquista do mapa, principalmente enfrentando o Capitão Sao Feng. Além do elenco convencional, uma das maiores novidades de “No Fim do Mundo” será a participação de Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones que, segundo declarações de Johnny Depp, foi em quem se inspirou para compor seu personagem na franquia. Coincidência ou não, Richards será o pai de Sparrow e este papel foi desenvolvido especialmente para o astro. A participação de Richards deveria ter entrado na história no segundo longa, porém não foi possível. Desta vez, os fãs do Rolling Stones terão mais um bom motivo para conferir a película.







Com todo a repercussão, era mais do que óbvio esperar que o trabalho do marketing envolvido no terceiro filme fosse intenso e eficaz. Sempre mantendo uma regularidade na divulgação de notícias e imagens, a Disney causou euforia ao levar aos cinemas trailers arrepiantes que eletrizassem o público. Alguns cinemas nacionais até começaram a vender os bilhetes do dia de estréia do filme semanas antes para garantir sala lotada. O que a Disney não esperava para a divulgação do filme era a paródia pornô feita em quadrinhos com os personagens da franquia. Isso gerou um leve desentendimento entre os criadores das imagens e a equipe técnica do filme, fazendo com que a Disney demonstrasse interesse particular em processar o site responsável por tal brincadeira, que costuma fazer tais paródias com outros filmes também.


Para ver os quadrinhos pornô, clique aqui

Por mais que a trilogia já tenha anunciado seu fim, ainda existem especulações de que Jack Sparrow continuará levando os fãs à loucura. O próprio Johnny Depp já anunciou que seu interesse pelo personagem é ímpar e concorda que o Capitão merece muitas outras aventuras. A Disney ainda não confirmou outros possíveis filmes, apesar de não ter motivos para não realizá-los. O sucesso de Piratas do Caribe certamente poderá manter uma franquia estável, se analisadas a arrecadação e a disposição da equipe técnica em cumprir com um interesse particular do espectador em ver uma boa história em cena. Porém, Keira Knightley, por exemplo, já havia anunciado que este seria o último filme no qual daria vida à Elizabeth Swann. Mesmo assim, os boatos agendaram o possível “Piratas do Caribe 4” para meados de 2009, desta vez sem a presença do diretor Gore Verbinski, outro que não quer mais trabalhar com o tema de piratas. Resta aos fãs conferir “No Fim do Mundo” como se fosse o último.



A História Pirata - Por Anderson, Juninho e Sales (Convidado Especial)

Piratas são aqueles indivíduos que navegam pelo mar, assaltando outras embarcações na costa marítima. Para aqueles menos desinteressados por História, isso pode ser muito bem exemplificado pela franquia da Disney “Piratas do Caribe”, visto que, nos filmes, conferimos de perto os piratas e alguns de seus intuitos. A facilidade das trocas feitas nos mares, uma vez que o comércio marítimo, naquela época, era visto como bem mais rápido que o terrestre, fez com que o número de piratas se propagasse, já que passariam a saquear uma grande quantidade de embarcações à procura de objetos de valor.

O que nem todos sabem, no entanto, é que o termo “pirata” em si teve origem desde o século VII a.C., quando foi registrada, no mar Egeu, a primeira atividade desse tipo. A princípio implementada pelos gregos, a pirataria teve em outros povos sua propagação. Já na Idade Média, povos como os normandos – mais conhecidos como vikings -, e mulçumanos, se interessaram pelos produtos advindos deste tipo de atividade, passando, assim, a praticá-la. Posteriormente, marcharia aos mares europeus, em colônias nomeadas de “Caraíbas” (ou “Caribes”), que eram dotadas de um intenso número de piratas, interessados em levar os produtos pirateados de regiões da América até a Europa. No início, os piratas do Mar do Caribe saqueavam apenas navios espanhóis, todavia, como a Espanha começou a propagar o seu número de colônias, outras embarcações também passaram a ser alvos de pirataria. Na realidade, a própria nação espanhola começou a ser uma dos maiores incentivadoras para isso, uma vez que espanhóis começaram a enviar uma imensa quantidade de ouro e prata da América até países da Europa.


Imagens de navios piratas famosos

Vale ressaltar que nem todos os piratas da época citada praticavam atividades ilícitas. Algumas embarcações tinham que ser, de fato, sancionadas por países que estavam em guerra com os povos espanhóis. No entanto, realmente prevalecia a pirataria voltada aos meios tortuosos. À medida que se tornava mais fácil navegar pelos mares, a partir de mapas que passavam a ser confeccionados, o número de piratas e, conseqüentemente, navios saqueados aumentavam. Não somente interessados em riqueza material, essas pessoas também buscavam um intuito de liberdade, ou seja, serem abonados de quaisquer tipos de escravidão ou submissão. Muitos escravos ou empregados procuraram na pirataria uma forma de ascensão, não importando por qual meio “cresceriam” na vida.

O Combate aos Piratas

Como não poderiam simplesmente roubar e saírem ilesos, autoridades da época resolveram estabelecer, cada uma a sua maneira, formas de combate à pirataria marítima. Já no período que aconteceu o primeiro ataque a embarcações, que ocorreu, como citado anteriormente, no século VII a.C., o rei assírio Sennacherib implementou uma política a qual tinha como objetivo retirar os piratas da foz do Golfo Pérsico. Outro que procurava expulsar os responsáveis pela pirataria marítima era Alexandre, o Grande, que implementou tentativas de fazer com que o número de embarcações saqueadas diminuísse. Para isso, pensou em tirar todos os piratas que “trabalhavam” nas proximidades do Mar Mediterrâneo. Tanto Sennacherib quanto Alexandre, embora mantivessem autoridades plenas, não obtiveram êxito em suas ações, com o número de piratas apenas aumentando, ao invés de diminuir.

Outros nomes de peso tentaram, com ou sem ajuda, expulsar os saqueadores de mercadorias marítimas. Apelando para atitudes mais drásticas, como simplesmente exterminar os piratas. O general romano Pompeu, na época datada do século 67 a.C., foi um dos que obteve um resultado favorável, mesmo que não tenha conseguido acabar com a pirataria em si. Parecia que nada que fizessem poria fim às atividades ilícitas praticadas por estas pessoas, uma vez que, quanto maior demonstrava ser o crescimento econômico das regiões, maior se tornava o número daqueles interessados em usufruírem de toda a riqueza que o dinheiro poderia trazer. Tanto que, até hoje, ainda existem piratas, embora em quantidade bem menor.

Código de Conduta Pirata

Assim como pôde ser conferido em “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra”, existe um código que regula a conduta pirata. Não chegava a ser uma legislação propriamente dita, obviamente, mas reunia um conjunto de regras que deviam ser obedecidas pelos que praticavam a pirataria marítima. Dizendo respeito à como os piratas deveriam se portar perante algumas situações, os artigos traziam uma compilação de regras que visavam uma maior harmonia entre os tripulantes dos navios, além de demonstrar que, em meio a estripulias, também existia bastante organização. Vale ressaltar que o Código deveria ser cumprido. Se ocorresse o contrário, a tripulação poderia punir como desejasse o infrator.

Abaixo, confira os artigos que faziam parte do Código de Conduta Pirata:

I – Todos os homens têm voto nos assuntos do momento e têm igual direito a provisões frescas ou a licores fortes, a qualquer momento desejado e podem usá-los a seu bel-prazer, a não ser que escassez torne necessário, para o bem de todos, votar o racionamento.
II - Todos os homens só têm de ser chamados no seu turno, seguindo a lista, pois eles podem, nos seus turnos, descansar e fazer algo livremente, mas se eles defraudarem a Companhia no valor de um dólar no prato, jóias ou dinheiro, têm o castigo de serem abandonados numa ilha deserta. Se o roubo ocorrer apenas para com qualquer outro marinheiro da tripulação, eles contentam-se cortando as orelhas e o nariz ao culpado, e deixando-o numa costa inabitada, não num sítio qualquer, mas num sítio onde navios o possam encontrar.

III - Nenhuma pessoa pode jogar às cartas ou aos dados por dinheiro.

IV - As luzes e as velas têm de ser apagadas às oito horas da noite. Se alguém da tripulação, depois dessa hora, quiser continuar a beber, terá de o fazer no convés.

V - Têm de manter as suas peças, pistolas e restantes armas limpas e prontas para batalhas.

VI - Nenhum rapaz ou mulher é permitido(a) estar entre homens. Se algum homem for encontrado a seduzir ou a fazer sexo, e levá-la até ao mar, disfarçando, ele sofrerá a morte.

VII - Quem abandonar o seu navio ou o posto de combate deverá ser castigado com a morte ou ser abandonado numa ilha deserta.

VIII - As disputas de todos os homens devem ser terminadas em terra com os alfanjes.

IX - Nenhum homem pode falar em desistir da vida de pirata, sem antes ter partilhado 1.000 libras (£1.000 ou 1.000 libras é o equivalente a cerca de 1.473€). Se, para isso, algum homem tiver de perder um membro, ou tornar-se incapacitado para o seu serviço, ele teria de ter 800 dólares (cerca de 628,61€), fora do armazenamento público, e por ferimentos, proporcionalmente.

X - O capitão e o contramestre têm de receber dois quinhões do saque. O imediato, o mestre, o oficial e o homem de armas, um quinhão e meio, e outros oficiais, um quinhão e um quarto.

XI - Os músicos podem descansar no dia religioso de Sabbath (Sábado entre os judeus, Domingo entre os cristãos), apenas à noite, mas nos outros seis dias e noites, não poderão descansar sem um favor especial.

Alguns Piratas Famosos

Bartholomew Roberts


Bandeira do Bartholomew Roberts e um desenho do pirata

Conhecido também como “Bart, o Negro”, Bartholomew Roberts nasceu em 1682 e ficou conhecido por viajar pelas regiões das costas Norte e Sul americanas. Atuou como pirata durante pouco tempo, apenas dois anos e seis meses, no entanto possuía a reputação de homem severo e rigoroso, sempre mantendo em ordem seu navio. Ao ser traído por sua mulher, viu na pirataria um refúgio e esperança para dias melhores. Com uma aparência suave, portando sempre um crucifixo de diamantes, Bartholomew foi responsável por afundar mais de 400 navios. Ao contrário da maioria dos piratas, não gostava tanto de bebidas alcoólicas, primando sempre chá. O diferencial de Bart é que ele procurava ser sempre justo com a sua tripulação e prisioneiros.

Edward Teach

Edward Teach ou “Barba Negra” foi um dos destaques piratas da sua época. Nascido em 1688, em Bristol, ficou conhecido por impor medo aos seus inferiores, inclusive sua tripulação, era bastante severo e possuía uma aparência de psicopata. Sempre andava com todas as armas possíveis, como pistolas e facas. Seu instinto “louco” apenas fazia com que as pessoas o temessem. Apesar de existir um Código que regulava as condutas dos piratas, como já deve ter sido conferido por você, Barba Negra fez questão de criar seu próprio conjunto de regras. Edward morreu relativamente jovem, em 1718, aos seus 30 anos, quando teve um fim cruel: seu corpo foi decapitado e sua cabeça pendurada no mastro principal de seu navio, o “Queen Anne Revange”. Embora tenha morrido logo, a sua fama continuou, principalmente devido aos boatos de seu tesouro, que nunca foi encontrado por ninguém.

John Rackham


Bandeira do John Rackham e um desenho do pirata

Mais conhecido por sua bandeira do que por sua fama como pirata, John Rackham, ou Calico Jack, como era chamado, viveu durante o século XVIII. Embora, de acordo com o que diziam antigamente que mulheres não traziam sorte à tripulação, Calico deu oportunidade a duas das melhores piratas conhecidas até hoje: Mary Read e Anne Bonny, com quem manteve um caso amoroso. John morreu em 1720, quando foi executado, juntamente com a sua tripulação. Correm boatos que apenas as mulheres, Mary Read e Anne Bonny, sobreviveram, já que alegaram estarem grávidas. Vale ressaltar que a famosa bandeira de John Rackham pode ser vista no filme “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra”.

Anne Bonny

Ao lado de Mary Read, Anne Bonny tornou-se a mulher pirata mais famosa até hoje. Mantendo um caso com o pirata Calico Jack, Anne era casada com James Bonny, um notável informante do governador Woodes Rogers, de Bahamas. O adultério de Anne trouxe algumas complicações para a tripulação do navio do pirata Calico Jack. Apesar de possuir a leveza de uma mulher, Anne era vista como bastante perigosa por todas as pessoas, que pareciam temê-la acima de tudo. Ela conseguiu se infiltrar na tripulação comandada por Jack ao se vestir de homem. Assim como os outros comandados pelo pirata citado, Anne teria sido executada, no entanto, alegou estar grávida e sobreviveu.

Curiosidades

- Os objetos que os piratas mais apreciavam roubar eram os feitos de metais preciosos, tais como ouro e prata, além de jóias e dinheiro.

- Em sua grande parte, os piratas estavam mais preocupados em gastar todas as riquezas que obtinham do que em guardá-la.

- Algumas peças de vestimenta eram mais comuns entre os piratas. Para ilustrar essa idéia, basta conferir os filmes figurados por piratas, principalmente a franquia “Piratas do Caribe”. Nela, os saqueadores de mares aparecem sempre vestindo chapéu, calças, casacos, sapatos de fivelas e uma espécie de pano/faixa utilizada para guardar suas armas.

- Como não existiam médicos entre a tripulação dos navios, os piratas que sofressem algum tipo de ferimento e fossem obrigados a ter suas partes do corpo amputadas, se “consultariam” com o cozinheiro da embarcação, que logo, de maneira nem um pouco delicada, poria fim ao membro defeituoso.

- Ao contrário do que pensa a maioria, o capitão de um navio pirata era escolhido democraticamente, através de uma votação. Portanto, fica claro que não existia uma imposição de quem deveria chefiar ou não a tripulação.

- Constantemente, sabiam notícias de que um navio havia sido empestado por doenças, tais como a Peste Negra, fazendo com que muitos piratas morressem cedo.

- As refeições encontradas nos navios não eram as mais desejadas. Enquanto permaneciam no mar, os piratas comiam carne podre, biscoitos roídos por ratazanas que podiam trazer a Peste Negra citada anteriormente, entre outros. Todavia, visando uma espécie de compensação, planejavam beber e comer sem preocupações quando se encontravam em terra firme.

- Aquele pirata que abandonasse o seu navio teria como castigo a morte ou então o abandono em uma ilha deserta.

- Antes de ser executado, John Rackham foi perguntado se gostaria de proferir algumas últimas palavras. Revoltado com a indagação, o famoso Calico Jack simplesmente disse: “Quem você pensa que é? Por acaso Deus lhe deu o direito de decidir o meu destino e de meus homens? Pegue suas palavras pomposas e as enfie no lugar de seu corpo em que o sol jamais bate. Encontro você em outra vida. Adeus”. Corajoso, o rapaz, não?

- Para quem não sabe, pirata é diferente de corsário. O primeiro é alguém que pratica atividades ilícitas, saqueando qualquer navio que aparecer, enquanto o segundo recebe permissão do seu governo para atacar navios de países inimigos.

- Existiam vários tipos de navios piratas, entre eles, Barca, Brigue, Caravela, Escuna e Fragata, que variavam de acordo com tamanho, velocidade, tripulação e armamento.

- Cada pirata usava uma bandeira específica. Através de sua bandeira, o pirata criava uma espécie de marca registrada para impor medo por onde passasse.

- As bandeiras mais comuns eram as que possuíam um fundo preto, embora também fossem utilizadas as com fundo vermelho.

Filmes de Piratas - Por: Anderson

A pirataria foi imortalizada pela literatura e apimentada pelo cinema. Não estamos falando aqui de cópias ilegais de filmes, CDs, mas sim de filmes que retratam a vida e as aventuras dos “terrores” dos oceanos. O que a história criou os livros, e a indústria cinematográfica por conseqüência, mistificaram e levaram a todos os amantes do cinema fantásticas representações da vida no mar.

Desde o início da arte cinematográfica filmes sobre piratas surgem. Os símbolos básicos estão, quase sempre, presentes: papagaio, perna de pau, tapa-olho, espada. A verdade é que, ao tentar retratar algo mais realista, sem os pequenos detalhes que agora caracterizam o gênero, o publico não se identificaria. Após uma série de sucessos envolvendo as grandes inovações visuais e cenas de ação invejáveis, Hollywood errou... Cometeu alguns pecados que acabaram por afundar (com o perdão do trocadilho) o gênero. Até que surgiu Piratas do Caribe, para retomar tudo o que fora esquecido.

O Cinema com Rapadura fez uma seleção de filmes de piratas. Os filmes listados são considerados os melhores pelos fãs do gênero e são os responsáveis pelas características mais adoradas da trilogia Piratas do Caribe. Confira:

* Piratas de Perna de Pau (Abbott and Costello meet Captain Kidd) (1952):
A dupla cômica Bud Abbott e Lou Costello (“Abbott e Costello e o Pé de Feijão”) iniciam sua aventura em Tortuga (também presente em Piratas do Caribe), uma carta é trocada por um mapa do tesouro, levando os dois à Ilha da Caveira para encontrarem o que mostra o mapa.

* Contra Todas as Bandeiras (Against All Flags) (1952):
Errol Flynn (“As Aventuras de Robin Hood”) é Brian Hawke, um oficial britânico infiltrado na pirataria. Romance e ação não faltam nesse clássico do cinema.

* O Cisne Negro (The Black Swan) (1942):
Tyrone Power (“A Marca do Zorro”) é um pirata encarregado de salvar uma dama (Maureen O'Hara, de “Como Era Verde Meu Vale”) em perigo.





* O Fantasma do Barba Negra (Blackbeard’s Ghost) (1968):
Uma comédia dos estúdios Disney sobre o famoso pirata Barba Negra que retorna do passado, amaldiçoado por sua esposa. Para quebrá-la ele precisa, pela primeira vez na vida, fazer uma boa ação.



* Capitão Blood (Captain Blood) (1935):
O filme mais lembrado de Errol Flynn conta a história de um médico (Flynn) sentenciado à escravidão por ter ajudado um rebelde. O Dr. Peter Blood consegue escapar e, ao lado de piratas em um navio, procura vingança.

* O Falcão dos Mares (Captain Horatio Hornblower) (1951):
Gregory Peck (“Moby Dick”) é o capitão Horatio Hornblower, oficial britânico que precisa impedir Napoleão. Sua missão sofre imprevistos e, durante a viagem para a América Central, com o princípio de provocar uma revolução, ocorrem batalhas marítimas e romances piratas.

* Capitão Kid (Captain Kidd) (1945):
Este filme guarda algumas semelhanças com o primeiro “Piratas do Caribe”. O capitão William Kid é um famoso e esperto pirata que se envolve, com o apoio do rei, em uma viagem em busca de um tesouro. Ele então se encontra com Orange Povey, um pirata que havia abandonado em um recife, com a esperança de nunca vê-lo novamente.

* Fogo Sobre a Inglaterra (Fire Over England) (1937):
As relações entre Espanha e Inglaterra estão com problemas, devido ao grande comércio marítimo. A rainha envia então Michael Ingolby (Laurence Olivier, “Rebecca”) para tentar solucionar o problema. A paixão de Ingolby por Cynthia (Vivien Leigh, “... E O Vento Levou”) o motiva.

* O Pirata de Porto Belo (Long John Silver) (1954):
Uma seqüência para o também clássico “A Ilha do Tesouro”. Long John Silver vai em busca do pirata rival Mendoza, que seqüestrou a filha do governador de uma ilha caribenha e também o jovem Jim Hawkins, também personagem de “A Ilha do Tesouro”. Lembra algo?

* O Mestre da Vingança (The Master of Ballantrae) (1953):
Mais um filme de Errol Flynn, mestre da espada. Nessa história ele é um lorde escocês afastado de sua família que se une à pirataria.

* Corsário dos Sete Mares (Raiders of The Seven Seas) (1953):
Barbaroosa, interpretado por John Payne (“Milagre na Rua 34”), reúne prisioneiros espanhóis para formar sua tripulação pirata. Ele também seqüestra uma jovem nobre e se apaixona por ela, sendo perseguido pelo noivo da moça.

* Gavião dos Mares (The Sea Hawk) (1940):
Último filme de Errol Flynn de nossa lista. O astro é Geoffrey Thorpe, um pirata contra os espanhóis e a favor da Inglaterra. Em suas aventuras, que envolvem roubar jóias e tesouros, o capitão se apaixona por uma jovem, Dona Maria. O tesouro que mais deseja se torna o coração da moça.

* A Ilha do Tesouro (Treasure Island) (1972):
Esta versão para o cinema do clássico livro de Robert Louis Stevenson possui um importante diferencial: a presença de Orson Welles no papel do carismático vilão Long John Silver. Jim é um jovem que descobre um mapa do tesouro e se une a uma tripulação de piratas em busca da recompensa.

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