terça-feira, 12 de junho de 2007

Michael Moore pode ter filme barrado nos EUA

As desavenças entre Cuba e Estados Unidos são grandes por ocasiões passadas. O polêmico Michael Moore ("Tiros em Columbine") comparou o sistema de saúde público americano com o cubano no longa "Sicko". Resultado: o cineasta identificou várias mazelas no contestado sistema americano. Para tanto, Moore foi até Cuba rodar o documentário e agora teme que, ao entrar nos EUA, este seja confiscado.

Tal preocupação não é sem motivo, pois o Departamento do Tesouro dos EUA move investigação diante da viagem que Moore fez no mês de março para a ilha de Cuba. O que está sendo contestado é o fato do documentarista ter levado vários cidadãos americanos para filmarem na ilha de Fidel.

"Trouxemos de volta 15 minutos do filme, e estamos preocupados com possíveis esforços de confisco", disse Moore em entrevista coletiva em Nova York.

O problema é porque são poucas as vezes que os cidadãos norte-americanos podem entrar na ilha sem autorizações federais. Em Cuba há um embargo econômico mantido desde 1962, onde nada americano entra sem fundamento. Estão contestando essa entrada de Moore e sua equipe, mas segundo o cineasta tudo está coerente, pois ele foi mediante um “esforço jornalístico”.

Para tentar fugir ao confisco, Moore já deixou algumas cópias em outros países, como no Canadá. "Tomamos medidas há algumas semanas para deixar uma cópia 'master' deste filme no Canadá, de modo que se [os EUA] nos tomarem o negativo, nós teremos um negativo duplicado deste filme no Canadá."

A recepção em Cannes de “Sicko” (título que remete a doença no inglês), onde o filme foi exibido pela primeira vez, teve bastante sucesso. Alguns críticos declararam que este é o melhor filme de Moore.

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