quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Bastidores do Sucesso em Hollywood

Certa vez, uma amiga me mandou um e-mail muito interessante sobre possíveis diálogos que ocorreram entre os famosos de Hollywood e que deram origem a clássicos do cinema. Muito engraçado. Algumas alterações foram feitas por conta de palavras de baixo calão:

INSTINTO SELVAGEM
OBS: Texto feito antes do lançamento de “Instinto Selvagem 2”

Paul: Minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro! Eu nunca li nada tão ruim como esse roteiro.
Produtores: Agora danou-se. Os atores já tão contratados e nós investimos a maior grana.
Paul: Mas…
Produtores: Se vira.
Paul, após uma breve pausa: Já sei! Vou enfiar as partes da Sharon Stone no meio do filme. Com todo respeito.

Instinto Selvagem”, dirigido por Paul Verhoeven, fez o maior barulho nos cinemas ao estrear, em 92. Quando fui ver, era só, er… aquilo. Mas tanta gente caiu na armadilha da perseguida (o filme arrecadou 352.700.000 dólares) que vai ter continuação – prevista para sair este ano. E dinheiro para mim ninguém quer dar.

FORREST GUMP

Produtor 1: Puxa, agora que o Tom ganhou o Oscar por “Filadélfia”, não seria legal darmos um jeitinho dele ganhar outro hominho dourado – assim, na seqüência?
Produtor 2: Ô se seria. Assim quem sabe o Spencer pára com aquelas piadinhas idiotas de fazer um Oscar conversar com o outro toda vez que vamos tomar umas biritas na casa dele…
Produtor 1: Hum… Você está pensando o mesmo que eu?
Produtor 2: Claro que sim! Vamos arranjar-lhe um papel de retardado.
Produtor 1: É Oscar na certa! Me passa o telefone do Zemeckis. Tá aí nessa agenda.

Forrest Gump – O Contador de Histórias”, dirigido por Robert Zemeckis, foi sucesso de público e crítica e teve um dos subtítulos mais constrangedores da história das traduções. Além disso, o drama deu a Tom Hanks seu segundo Oscar de ator na seqüência. O único a conseguir tal proeza antes de Hanks foi Spencer Tracy.

PULP FICTION

Assistente: Ôpa! Ih, olha só! Derrubei tudo.
Tarantino: Droga! Espalhou todos os rolos de filme!
Assistente: Desculpa, quando entrei não vi que o senhor estava aí no cantinho vendo filme de kung fu… Pior que as latas não estavam etiquetadas.
Tarantino: Ah, dane-se. Vou montar a edição na seqüência em que for pegando do chão.

Pulp Fiction – Tempo de Violência” alçou Quentin Tarantino ao estrelato. Uma das razões do sucesso do filme, além das inúmeras referências ao mundo pop, foi a narrativa não-linear em que foi apresentado. De quebra, ainda ressuscitou a carreira de John Travolta e levou o Oscar de roteiro original – conhecido “prêmio de consolação” da Academia.

O EXORCISTA

William: VOCÊ CHAMA ISSO DE VÔMITO?
Especialista em efeitos especiais: Ué… Isso É vômito.
William: Pelamordedeus, o que ela está vomitando é o gorfo do demônio! Não pode ser esse vomitinho comum, aqui, não!
Especialista em efeitos especiais: Sinto muito, não sei mais o que arrumar. Aliás, não gosto que gritem comigo. Tô fora dessa joça de filme.
William: Mas já está tudo pronto para filmarmos a cena!
Especialista em efeitos especiais: Cada um com seus problemas. Fui!
William, olhando para um dos contra-regras que está almoçando: Hum. O que é isso aí na sua marmita, hein?
Contra-regra: Isso? É a sopa de ervilha da minha mãe! Quer?
William: Ô se quero.

O Exorcista” foi dirigido com mão de ferro por William Friedkin – que costumava gritar com a equipe e disparar armas escondidas pelo set para captar a expressão natural de pavor dos atores. Uma das cenas clássicas é a do vômito de Regan, a menina possuída, que foi feito com sopa de ervilhas. De que outro jeito eles podem ter descoberto tal uso para a iguaria?

FESTIM DIABÓLICO

Estagiário: Ei, sêo Alfred… o editor acaba de pedir demissão.
Hitchcock: Cuma?!
Estagiário: É, isso mesmo que o senhor ouviu. Pior que a categoria entrou em greve.
Hitchcock: E agora?
Estagiário: Se o senhor me permite… tenho uma sugestão. Vamos filmar tudo de uma vez só, assim poupamos o trabalho de edição – que, desconfio, sobraria para mim…
Hitchcock: Menino, você é um gênio. Vamos nessa.

Festim Diabólico” foi filmado de uma tacada só. Alfred Hitchcock, o diretor, dispensou cortes e levou a narrativa quase como numa peça de teatro. A história se passa no apartamento de dois jovens, que matam um colega pelo simples desafio de cometer o crime perfeito, e depois oferecem um jantar – com o cadáver escondido na sala.

MAGNÓLIA

Paul: Eu sempre quis fazer um filme onde chovessem sapos…
Produtor: O quê?
Paul: Eu sempre quis fazer um filme onde chovessem sapos…
Produtor: O quê?
Paul: Eu sempre quis fazer um filme onde chovessem sapos! Tá surdo?
Produtor, sem jeito de perguntar pela terceira vez: Ahn… É… Pode crer.

Magnólia” deixou platéias intrigadas e críticos embasbacados. Dirigido por Paul Thomas Anderson, não segue linhas tradicionais de narrativa e aposta no drama pesado de vidas que se cruzam. No ápice da história, chovem sapos sobre a cidade onde se passa a história – localizada no Vale de San Fernando, Califórnia, por sinal.

TUBARÃO

Spielberg: Isso aí é o tubarão?!
Equipe de efeitos especiais: Estamos na década de 70, meu filho. Foi o que deu para arrumar.
Spielberg: Mas é claramente um boneco de borracha!
Equipe de efeitos especiais, com uma pitada de cinismo: Fazer o quê, né? Vai querer ou não?
Spielberg: Vou, né. Mas terei que mostrá-lo o mínimo possível durante o filme… Faz favor? Chama lá os roteiristas. Vamos reescrever todas as cenas em que o bicho aparece.

Tubarão” foi lançado em 1975 e bateu todos os recordes de público de até então. De fato, Steven Spielberg – o diretor – se desapontou com o resultado final do tubarão mecânico (que, aliás, vivia quebrando). Tendo que ocultar o bicho ao máximo, acabou criando um clássico do suspense moderno. E se esbaldou nas bilheterias.

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