quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Diretor Ingmar Bergman morre aos 89 anos

O cineasta Ingmar Bergman ("O Sétimo Selo"), que tornou a Suécia um país mais conhecido do público por se tratar de sua terra natal, morreu na segunda-feira, 30. A notícia foi confirmada pela filha, Eva, que ainda não divulgou a causa, mas afirmou que ele morreu em casa.

Um dos diretores mais aclamados da história, considerado um dos pais do cinema moderno, Bergman deixa de herança para os milhares de fãs espalhados pelo mundo obras como "Morangos Silvestres" (1957), "O Sétimo Selo" (1956), e sua antológica cena do jogo de xadrez entre o homem e a morte; e claro, o clássico de público "Fanny e Alexander" (1983).

Com uma obra que refletia muito sobre a sexualidade e também sobre a morte, ultimamente o diretor tratava também da solidão e do medo acarretado por isso. Nascido em 1918, em uma família extremamente religiosa, muito cedo ele começou a questionar certos valores e paradigmas, e suas reflexões sobre isso viriam a transparecer em seu trabalho, que chegou a colocar em questão a figura de Deus e seu lugar entre os homens.

Aos 89 anos, o sueco mantinha-se aposentado no trabalho de direção, mas continuava a dar contribuições artísticas através de roteiros que continuou a escrever. Entre seus últimos trabalhos, estão "Saraband" (2003) e "Bergmanova Sonata" (2005).

Woody Allen ("Interiores") deu declarações afirmando ser ele o maior diretor da história do cinema. Jorn Donner, que trabalhou com Bergman como produtor em "Fanny e Alexander", disse que ele era um dos grandes. "Eu o conhecia havia mais de 50 anos", completou.

Bergman deixa 9 filhos, 5 ex-esposas e muitos fãs. O Cinemax presta aqui uma homenagem ao sueco que trouxe mais brilho ao cinema.

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