quarta-feira, 23 de março de 2011

Vida de Liz Taylor foi marcada por casamentos e problemas de saúde

Elizabeth Taylor e Richard Burton: atores se casaram duas vezes (Foto: AFP)
Elizabeth Taylor e Richard Burton: atores se casaram duas vezes.

Elizabeth Taylor, que morreu nesta quarta-feira (23), aos 79 anos, foi uma das primeiras estrelas de Hollywood a ter sua vida pessoal exposta nos holofotes na mesma proporção que a carreira artística. Motivos não faltaram: Liz ficou conhecida popularmente pelos oito casamentos que teve, alguns bastante conturbados e polêmicos. Os homens não resistiam aos seus olhos de violeta, o que a levou a ganhar apelidos como destruidora de lares e viúva negra.

Ficaram notórios os relacionamentos que teve com colegas de elenco. Aos 17 anos, apaixonou-se por Montgomery Clift, seu parceiro em “Um lugar ao sol” (1949). O ator, que sempre teve sua sexualidade em dúvida, tornou-se um dos melhores amigos da atriz até sua morte, em 1966.

Além de Clift, Liz também era muito próxima de Rock Hudson. Após o astro morrer em 1985, ela se tornou uma figura pública na luta contra a Aids. Ajudou a criar a American Foundation for AIDS Research após a morte do amigo e também fundou sua própria fundação de pesquisa contra a doença. Em 1993, levou o Oscar Humanitário Jean Hersholt.

Também manteve uma amizade com Michael Jackson que durou mais de 20 anos. Ela o defendeu no tribunal durante um dos processos em que foi acusado de abuso sexual. Liz é madrinha de dois filhos do rei do pop. O enterro do cantor, em 2009, foi uma de suas últimas aparições públicas.

Liz e Rock Hudson: ela começou a combater a Aida após morte de amigo (Foto: AFP)
Liz e Rock Hudson: ela começou a combater a Aids após morte de amigo.

Destruidora de lares
Seu primeiro casamento aconteceu em 1950, com o milionário Conrald Hilton Junior, o Nicky, herdeiro da famosa rede de hotéis de luxo. Durou apenas sete meses. Em seguida veio o ator inglês Michael Wilding, com quem teve dois filhos durante sete anos juntos. Liz teve quatro filhos ao longo de sua vida, além de dez netos e quatro bisnetos.

Com o produtor milionário Mike Todd, Liz dizia ter tido o primeiro grande amor de sua vida, interrompido brevemente após um acidente aéreo que o matou. Foi a partir de Eddie Fisher que Liz se tornou alvo preferencial dos tablóides: o comediante era amigo de sua melhor amiga, Debbie Reynold, enquanto ele era o melhor amigo do marido recém-falecido.

Desde então ela ganhou os apelidos e a fama que lhe marcaram a vida. Liz e Fisher chegaram a se casar, mas ele logo foi substituído por Richard Burton, com quem trabalhou em “Cleópatra” (1963). O namoro proibido nos sets de gravação começou enquanto eles ainda eram casados e o relacionamento foi o mais midiático da atriz, principalmente pelo alcoolismo de Burton, um vício do qual a atriz logo foi associada também. Resultado desses 15 anos de idas e vindas: dois casamentos, dois divórcios, seis filmes juntos e a descoberta da poesia e do teatro.

Vício em analgésicos
Na década de 1980, quando estava casada com o político John Warner, Liz engordou mais de 30 quilos e a partir de então sua saúde começou a ser notícia. Nunca fez questão de esconder seus problemas com o álcool, aspirinas e fortes analgésicos, vício que mantinha após sofrer uma queda de cavalo aos 12 anos, que lhe quebrou a coluna. A atriz fraturou as costas em outras oportunidades e também teve diversas lesões nos quadris. Nos últimos cinco anos, circulava apenas de cadeira de rodas para lidar com uma dor crônica.

Elizabeth no velório de Michael Jackson, em 2009 (Foto: AFP)
Elizabeth no velório de Michael Jackson, em 2009.

Em 1997, descobriu um tumor benigno no cérebro. A cirurgia lhe rendeu uma cicatriz de sete centímetros no crânio e a fez usar perucas até o final de sua vida. Por muito tempo circulou careca, algo contrastante com a figura de sexy simbol que ostentou durante décadas.

Em 2004 ela foi diagnosticada com insuficiência cardíaca congestiva, uma doença que impede o coração de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades dos outros órgãos.

A mesma doença a fez ser operada em 2009, para substituir uma válvula defeituosa no coração. Coração este que parou de funcionar na manhã de hoje, após ela estar internada há seis semanas no hospital Cedars-Sinai.

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