terça-feira, 22 de março de 2011

Animação ‘Rio’ faz homenagem à Cidade Maravilhosa

Depois dos elogios do presidente americano Barack Obama, chega ao Rio de Janeiro um novo evento para encher a bola dos cariocas: o lançamento mundial da animação “Rio”, de Carlos Saldanha, que traz à cidade os atores Anne Hathaway, Jesse Eisenberg e Jamie Foxx, dubladores do filme, e mais 80 jornalistas estrangeiros.

Cena de 'Rio' (Foto: Divulgação/Divulgação)
Em 'Rio', a arara-azul Blu redescobre suas raízes na Cidade Maravilhosa.

Mas já bastaria a exibição de “Rio” para encher de orgulho o público brasileiro, já que o filme é, do início ao fim, uma homenagem à Cidade Maravilhosa, com uma imagem do Brasil feita para gringo ver e se esbaldar.

Feita em 3D, a produção da Blue Sky, criadora do sucesso “A era do gelo”, chama atenção pela qualidade técnica, tanto na reprodução caprichada de paisagens cariocas – como a Vista Chinesa, o Pão de Açúcar e as praias da Zona Sul – quanto nos detalhes, como a movimentação realista das plumagens dos pássaros-personagens.

Retorno às origens
Mas não é pela razão, e sim pelo coração que ‘Rio’ conquista o público. É o carisma dos personagens e a animada trilha sonora – com Will.i.am, do Black Eyed Peas – que conduzem o espectador pela história de Blu (Eisenberg), uma arara-azul domesticada que não sabe voar. Ele nasceu no Brasil, mas acabou sendo criado por uma simpática nerd em uma gélida cidade de Minnesota, nos EUA.

Blu deixa o aconchego de casa para se aventurar no Rio de Janeiro quando fica sabendo que é o último macho de sua espécie e que a última fêmea está na Cidade Maravilhosa. Entretanto, o encontro com a arara-azul fêmea Jewel (Hathaway) não é nada do que Blu imaginava e, inicialmente, tudo parece sair errado. Mas, no caminho, ele acaba redescobrindo suas raízes e, logo, se redescobrindo também.

Diretor e protagonista
O protagonista parece refletir a trajetória do próprio Saldanha, que deixou o Rio há mais de 20 anos para tentar a vida como animador nos EUA. Agora, depois de conquistar Hollywood com a série “A era do gelo”, o diretor retorna às suas origens e se rende às belezas de sua terra natal.

Com uma ligação tão forte com o personagem, o cineasta dá uma alma a Blu: por trás de toda a festa que vemos na tela, há melancolia, uma enorme saudade daquilo que não viveu, daquilo que poderia ser e não foi. E é isso que dá dimensão ao personagem e faz daquela criaturinha azul tão apaixonante.


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