quarta-feira, 14 de maio de 2008

70 Anos de Superman

Você vai acreditar que o homem pode voar“. Este era o slogan utilizado para a divulgação de um filme que se tornaria um marco na história do cinema: Superman[bb]. Assim como 2008 é o ano do septuagenário do personagem, também é em que se completam trinta anos do lançamento desta obra que influencia gerações até hoje.

Desde o mito de Ícaro e suas asas de cera, passando por Leonardo Da Vinci e seus aparatos tecnológicos, e chegando a James M. Barrie e sua obra Peter Pan; o homem parece nutrir o desejo de voar. Três perspectivas que procuram tornar tangível esta aspiração: o mítico, o científico e o artístico; respectivamente. No filme, estrelado por Christopher Reeve[bb], a fusão destas esferas do pensamento humano acontece, resultando neste clássico. Senão, vejamos: referências míticas, como a de Ícaro e também ao arquétipo de herói – de seus atributos físicos acima dos níveis humanos – os recursos técnicos que, na época, permitiram tornar as cenas de vôo o mais verossímeis possível. E que, por último, tornou possível, o que só existia no imaginário das pessoas: um homem voar. Em suma: Super-Homem, o super-herói das Histórias em Quadrinhos, existia e voava de verdade.

O mérito da projeção, além de dar um “sopro de vida” ao personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, foi acrescentar elementos à mitologia do herói. Por exemplo, a composição, de proporções wagnerianas, criada por John Williams que se tornou um hino ao Homem de Aço. Outro ponto forte foi que, os produtores de Hollywood, perceberam que poderiam fazer uma adaptação de quadrinhos de uma forma séria e rentável. Foi o pontapé para se quererem produzir mais filmes do gênero.

Os super-heróis que estão ganhando vida, por meio da sétima arte, devem reconhecer em Superman (1978) o seu “progenitor”. Afinal, por meio de sua investida bem-sucedida, é que podemos contemplar o Homem-Aranha se balançando entre os prédios de Nova York; Batman e seu batmóvel combatendo o crime em Gotham City; os X-Men em guerra contra Magneto por conta da posição dos mutantes em relação aos humanos.

Concluindo, como disse certa vez um filósofo alemão, por meio do seu Zaratustra: “Aquele que um dia ensinar os homens a voar, aniquilaria todas as barreiras; para eles as próprias barreiras irão para os ares”. E foi isso que Reeve e Richard Donner nos proporcionaram.

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