domingo, 17 de fevereiro de 2008

Especial: Cate Blanchett

Dona de uma beleza exótica e de grandes atuações, a atriz que interpreta em “O Aviador”, ninguém menos do que a legendária Katherine Hepburn, começou sua carreira no cinema tarde, porém, não demorou a ter os seus talentos reconhecidos pela mídia e pelos grandes estúdios e diretores. Nascida em Melbourne, na Austrália, em 14 de maio de 1969, filha de uma mãe australiana e um pai americano do Texas, que faleceu quando Cate tinha apenas 10 anos. Cresceu com a mãe e foi estudar economia e arte na Universidade de Melbourne até decidir que tais estudos não eram a sua vocação. Decidida a fazer uma aventura e conseqüentemente encontrar um rumo em sua vida, Cate Blanchett decidiu viajar para diferentes lugares do planeta. Ao viajar para o Egito e se encontrar totalmente sem dinheiro, concordou em fazer uma participação em um filme árabe como forma de arrecadar algum dinheiro extra. Gostando da experiência inicial, ao voltar para Austrália, Cate se matricula na cultuada “National Academy of Dramatic Arts”.

Após a sua graduação, atuou no teatro, e aos poucos, vinha nascendo um grande talento. Cate Blanchett atuou nas peças: “Top Girls”, “Kafka Dances”, que a deu um prêmio de melhor estreante em 1993, e no mesmo ano, estrelou ao lado de Geoffrey Rush, “Oleanna”, produção de David Mamet, que a deu o Prêmio de Melhor Atriz Rosemonte. Com o prestígio conquistado com esses dois triunfos teatrais, seguidos de aparições em vários programas de televisão, o diretor Bruce Beresford convida Cate para atuar em “Um Canto de Esperança” (1997), um drama sobre campo de prisioneiras de guerra, no papel da tímida enfermeira australiana, estrelando ao lado de Glen Close e Frances McDormand.


No mesmo ano, atuou na comédia “Thank God He Met Lizzie”, pela qual recebeu o prêmio de melhor atriz do Australian Film Institute. Não iria demorar muito para que o talento de Cate Blanchett chamasse a atenção do resto do mundo, e a oportunidade surgiu no mesmo ano, ao atuar na adaptação da obra de Peter Carey: “Oscar e Lucinda”, de Gillian Armstrong, ao lado de Ralph Fiennes. As críticas do filme não foram muito favoráveis, mas em compensação, a atuação de Cate foi elogiada quase que por unanimidade. A atenção que despertou fez com que surgisse sua grande aparição aos olhos de Hollywood, e a sua permanência no cenário mundial com sua performance fenomenal no papel principal de “Elizabeth” (1998), de Shekhar Kapur. O filme foi aclamado por público e crítica, sendo indicado em 8 categorias ao Oscar (incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz), e Cate Blanchett recebeu o Globo de Ouro e o Prêmio da Academia Britânica pela sua perfeita interpretação.

Já com a indústria em suas mãos e reconhecida mundialmente, no ano de 1999 seguiu fazendo filmes de diferentes estilos acompanhada de grandes elencos como “Um Marido Ideal”, de Oliver Parker, com Jeremy Northan, Rupert Everett e Julianne Moore, “Alto Controle”, de Mike Newell, ao lado de John Cusack, Angelina Jolie e Billy Bob Thorton, e “O Talentoso Ripley”, de Anthony Minghella, ao lado de Matt Damon, Gwyneth Paltrow e Jude Law.

No ano de 2000, Cate Blanchett segue sua carreira ascendente em produções distintas como “Porque os Homens Choram”, de Sally Potter, ao lado de Johnny Depp e Christina Ricci, e “Dom da Premonição”, de Sam Raimi, na pele de uma cartomante que se torna a chave para um assassinato misterioso, ao lado de coadjuvantes de luxo como Keanu Reeves, Greg Kinnear, Katie Holmes, Giovanni Ribsi e Hilary Swank. Como se não bastasse, Cate Blanchett recebe em sua carreira a responsabilidade e a honra para muitos atores e atrizes, de atuar na já lendária e marcante trilogia “O Senhor dos Anéis”, de Peter Jackson, como a feiticeira élfica Galadriel.

No ano de 2001, Cate Blanchett volta a atuar sob a direção de Gillian Armstrong, diretor que a lançou para o mundo em “Oscar e Lucinda” (1997), no drama de guerra “Charlotte Gray – Paixão Sem Fronteiras” , interpretando uma jovem escocesa que decide por ingressar na Resistência Francesa em plena 2ª Guerra Mundial para resgatar seu namorado, que é aviador e foi abatido na França. No mesmo ano, estrela a divertida comédia de ação “Vida Bandida”, de Barry Levinson, ao lado de Bruce Willis e Billy Bob Thorton, em que ela interpreta a mulher que acompanha a atrapalhada dupla de assaltantes de banco, e se torna a ponta de um triângulo amoroso entre eles.

Nos anos seguintes, podemos conferir Cate Blanchett em outras produções distintas como “Chegadas e Partidas”, do diretor sueco Lasse Hallström (de Chocolate) e estrelada por Kevin Spacey e Julianne Moore, no intrigante “Paraíso”, de Tom Tykwer, ao lado de Giovanni Ribsi, e em “O Custo da Coragem”, de Joel Schumacher, em que Cate interpreta a famosa Veronica Guerin, uma repórter investigativa que publica uma matéria sobre os traficantes de drogas e chefes do crime mais poderosos de Dublin, cidade onde vive. Por este papel verídico, Cate Blanchett recebeu outra indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz-Drama.

Em 2004, Cate pôde ser vista no suspense “Desaparecidas”, de Ron Howard, com Tommy Lee Jones, Val Kilmer e Aaron Eckhart no elenco. Agora, ela pôde ser vista na maior produção do ano de 2004 e a maior promessa para o Oscar de 2005 com 11 indicações: “O Aviador”, de Martin Scorcese, que mostra a biografia do milionário aviador Howard Hughes (interpretado por Leonardo Dicaprio), e Cate Blanchett interpreta ninguém menos do que a legendária Katherine Hepburn (com quem Hughes teve um caso), papel praticamente impossível de se imaginar para qualquer atriz da atualidade, mas que por méritos de seu enorme talento e carisma, Cate Blanchett foi incumbida para esse difícil trabalho e de quebra, levou as indicações para o Globo de Ouro e recebeu o Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.

Tudo isso são apenas provas de que Cate Blanchett é uma das mais talentosas atrizes da atualidade. E em 2005, ainda podemos conferir seu trabalho nas produções: “A Vida Marinha de Steve Zissou", ao lado de Bill Murray, Owen Wilson e Angelica Houston, e em “Little Fish”.

Frase de Cate: “Se você sabe que vai fracassar, então fracasse com glamour”.

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