“A melhor atriz da atualidade” pode parecer exagero, mas é assim que Meryl Streep é freqüentemente classificada, não apenas pela crítica, como também pelos colegas de profissão. Ela foi 13 vezes indicada ao Oscar e vencedora de duas estatuetas. A nativa de New Jersey, Mary Louise Streep (o Mary viraria mais tarde Meryl), desde a juventude esteve envolvida com a arte, motivo que a fez integrar a Yale School of Drama para aperfeiçoar o seu dom de atuar. |
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Como a maioria dos atores iniciantes, Meryl se interessou pelas artes dramáticas nos tempos de faculdade e levou o interesse a sério. Seu primeiro papel no cinema, que arrancou muitos elogios da crítica, veio em 1977, no drama “Julia”. Embora interpretasse um papel coadjuvante nesse notável filme protagonizado por Vanessa Redgrave e Jane Fonda, Meryl conseguiu chamar atenção por sua atuação impecável. Esse trabalho seria apenas uma espécie de “aquecimento” por tudo o que ainda estaria por vir. |
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Em 1979, a atriz interpreta Joanna Kramer, um de seus grandes papéis, que lhe rendeu seu primeiro Oscar. O drama “Kramer versus Kramer” contava a história de um casal Ted e Joanna, que entra em crise porque o marido sempre coloca o trabalho em primeiro plano. Ao abandonar a casa, Joanna deixa o filho com Ted, que acaba tendo que ajustar suas prioridades para cuidar do garoto. O problema surge quando Joanna volta e exige a guarda do menino, levando o caso ao tribunal. Dustin Hoffman protagoniza ao lado de Meryl esse filme, que ganhou 5 Oscars e 4 Globos de Ouro. |
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Em 1982, a atriz protagoniza o drama “A Escolha de Sofia”, aclamado até hoje como um dos melhores dramas dos últimos tempos. Meryl interpreta Sofia Zawistowska, uma polonesa que agora vive nos Estados Unidos. Ela se encontra dividida entre dois amores, enquanto sofre com a lembrança tormentosa de seu passado, quando teve que fazer uma difícil escolha em um campo de concentração. Merecidamente, Meryl obteve sua quarta indicação ao Oscar e ganhou pela segunda vez. Kevin Kline também está no elenco desse filme, que ainda recebeu, além de outras 3 indicações ao Oscar, duas ao BAFTA. |
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No ano seguinte, a atriz atua ao lado de Robert DeNiro no romance “Amor á Primeira Vista”, história de Frank e Molly, duas pessoas que se conhecem ocasionalmente durante as compras de natal e sentem uma ligação especial. Eles se encontram meses depois e iniciam uma bonita relação, apesar de os dois serem casados. O elenco ainda conta com Harvey Keitel e Diane Wiest. |
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O drama “A Difícil Arte de Amar” do diretor Mike Nichols é o próximo grande trabalho de Meryl. Nesse filme, ela contracena com seu grande amigo da vida real Jack Nicholson. Os dois interpretam jornalistas que se conhecem e logo estão casados. Apesar de achar que tudo está correndo bem, Rachel, a personagem de Meryl, descobre que seu marido a traiu e decide sair de casa. A história, escrita pela renomada roteirista Nora Ephron, teria traços auto-biográficos da autora. |
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“Um Grito No Escuro”, de 1988, é outro drama marcante na filmografia da atriz. Lindy e Michael são um casal adventista que, durante um acampamento no interior da Austrália, afirmam ter tido sua filha recém-nascida levada por um cão selvagem. Devido à falta de provas, a população acaba desconfiando que o próprio casal teria matado o bebê por causa de fanatismo religioso. O filme deu a Meryl sua oitava indicação ao Oscar, além de lhe render o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes. |
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No ano seguinte, outro drama entra na filmografia da atriz. Em “Lembranças de Hollywood”, Meryl interpreta uma cantora country drogada e alcoólatra que volta para a casa da mãe (personagem de Shirley McLaine), ex-estrela de Hollywood, para tentar sair do fundo do poço e relatar seus laços familiares. O filme é o segundo trabalho da atriz com o diretor Mike Nichols e lhe rendeu outra indicação ao Oscar. |
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Em seguida, Meryl Streep atua em “A Casa dos Espíritos”, filme baseado no livro de Isabel Allende. A atriz interpreta uma mulher de sensibilidade aguçada numa história que aborda várias gerações de uma família no Chile, culminando com a revolução que depôs Salvador Allende. Um elenco de peso constitui essa produção, com nomes como Glenn Close, Jeremy Irons, Winona Ryder, Antonio Banderas e Vanessa Redgrave. Apesar de não ter ganho nenhum prêmio, essa é uma das performances mais marcantes de Meryl Streep. |
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No ano seguinte, Meryl faz mais um importante trabalho de sua carreira, o drama “A Pontes De Madison”, em que contracena com Clint Eastwood, que também dirigiu o filme. A produção conta a história de Francesca, uma mãe de família do sul dos Estados Unidos que se envolve com um fotógrafo enquanto seu marido e filhos estão fora. Francesca tem que fazer a difícil escolha de ficar com o homem por que se apaixonou perdidamente ou com a família já estruturada que tem. Meryl foi indicada novamente ao Oscar e ao Globo de Ouro. |
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Em 1998, a atriz aparece no drama familiar “Um Amor Verdadeiro”. Meryl é Kate Gulden, uma mulher que parece ser muito feliz no seu casamento e tem dois filhos já adultos. Quando descobre que a mãe tem câncer, a filha de Kate, a jornalista Ellen (Renée Zellwegger), tem que ir cuidar dela contra sua vontade, já que leva uma vida profissional muito tumultuada e não se identifica com a vida de dona de casa. Aos poucos, entretanto, Ellen vai descobrindo que sua mãe é uma pessoa muito mais forte e interessante do que ela imaginava e que seu pai, um renomado professor universitário a quem ela sempre havia admirado, esconde aspectos vergonhosos em sua personalidade. O filme foi lançado diretamente em vídeo no Brasil, e Meryl foi novamente indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro. |
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Após um período sem emendar grandes trabalhos no cinema, a atriz volta em 2002 no aclamado drama “As Horas”, filme cujo roteiro intercala a história da escritora Virgínia Woolf com outras duas mulheres em diferentes épocas. Meryl foi indicada ao Globo de Ouro por seu personagem Clarissa Vaughan e a produção ainda arrebatou muitos prêmios em diversos festivais pelo mundo. |
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Em 2003, Meryl estrela a superprodução em forma de mini-série feita para a TV americana, mas com porte cinematográfico, “Angels in América”, na qual a atriz novamente trabalha com o diretor Mike Nichols. O drama sobre pessoas que têm suas vidas interligadas por causa da AIDS contou com um elenco estrelar com nomes como Al Pacino, Emma Thompson, Mary-Louise Parker e Michael Gambon. Pelo trabalho, Meryl ganhou o Emmy (prêmio da televisão) e o Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz. |
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Ainda no mesmo ano, a atriz aparece totalmente caracterizada na comédia fantasiosa “Desventuras em Série”, baseada nos livros de Daniel Handler. O filme conta a história de três irmãos que, após ficarem órfãos, têm que ficar sob a guarda do excêntrico Conde Olaf (Jim Carrey), um parente distante que na verdade está de olho na fortuna que as crianças herdarão. Meryl interpreta uma possível pretendente do inescrupuloso Conde Olaf. O filme ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem, além de ter sido indicado em mais 3 categorias: Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora. |
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2006 se mostrou um ano bastante atribulado para a atriz. Além de ter feito um trabalho um tanto quanto diferente do que está acostumada, dublando a personagem que é a rainha das formigas na animação “Lucas, Um Intruso no Formigueiro”, Meryl atua ao lado de Lily Tomlin e da estrela teen Lindsay Lohan no drama “A Última Noite”, dirigido pelo veterano Robert Altman. A história, que mostra uma espécie de bastidores ficcionais de um programa de rádio, traz diversos personagens envolvidos em uma última apresentação do programa, que, por sua vez, também se vêem no meio de seus respectivos dramas e paixões pessoais. Essa produção ainda conta com outros nomes de peso no elenco estelar como Michelle Pfeiffer ("Deixe-me Viver") e Kevin Kline (“De-Lovely”). Além de Tommy Lee Jones ("MIB - Homens de Preto"), Lyle Lovett ("A Fortuna de Cookie"), Tom Waits ("Short Cuts – Cenas da Vida"), Maya Rudolph ("Como Se Fosse a Primeira Vez"). |
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“A melhor atriz da atualidade” – repito – pode parecer exagero, mas aqueles que conhecem o trabalho de Meryl Streep podem perceber que isso está bem perto da verdade. Desde o começo de sua carreira, a atriz já mostrava que vinha pra ficar e, de fato, permanece até hoje como um talento incontestável. Até os que não são fãs de Meryl são obrigados a se render a essa mulher que é uma representante extraordinária do verdadeiro sentido da palavra atriz. |
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Especial: Meryl Streep
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